Onda de calor pode aumentar o risco de incêndios florestais em Minas Gerais

O calor extremo cria condições para o surgimento de incêndios florestais, representando ameaça aos ecossistemas e à fauna que neles habita

Onda de calor pode aumentar o risco de incêndios florestais em Minas Gerais
Foto: Semad/Divulgação

A onda de calor que chega ao Brasil esta semana provocará elevação da temperatura de todas as regiões de Minas Gerais, podendo superar os 39°C em algumas. A previsão é do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge). Além do impacto para a saúde humana, o fenômeno representa um aumento do risco de incêndios florestais no Estado.

O calor extremo cria condições propícias para o surgimento de incêndios florestais, representando uma ameaça aos ecossistemas e à fauna que neles habita. De acordo com o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Rodrigo Bueno Belo, as altas temperaturas representam um risco elevado para a propagação das chamas nas Unidades de Conservação (UCs).

“Como não há uma previsão de chuva, esse cenário se torna ainda mais crítico. Estamos alertando nossas equipes e mobilizando mais aviões para fazermos o combate das chamas”, comenta Rodrigo Belo. Atualmente, o Estado conta com duas aeronaves para esse trabalho e tem intensificado as ações por meio do programa Minas Contra o Fogo, desenvolvido em parceria com 36 municípios do Estado.

Por meio dessa iniciativa, são feitos, ao longo do ano, capacitações de brigadistas, auxílio na elaboração e execução de planos de contingência para a prevenção e combate em áreas públicas e privadas, além de orientação às prefeituras para decretação de emergência, em caso de necessidade.

Pomovido pelo IEF, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o Minas Contra o Fogo integra os municípios mineiros que apresentaram, entre 2013 e 2021, focos de incêndios em UCs dentro de seus limites territoriais. Segundo estimativa do IEF, cerca de 97% das queimadas são decorrentes de ação humana.