Prometida por Marco Antônio durante a campanha, reforma administrativa não sai do papel e vira empecilho para votação importante

Uma das principais promessas de campanha de Marco Antônio Lage (PSB) – reforçada por ele em sua posse -, a reforma administrativa ainda não saiu do papel. Não bastasse isso, virou peça-chave no polêmico trâmite do plano de cargos e salários, alvo de críticas e elogios dos servidores municipais. Isso porque os vereadores defendem que só poderão votar o projeto tendo em mãos a reforma administrativa, cuja proposta inicial era de enxugar o quadro de funcionários da Prefeitura em cerca de 30%.

No dia 17 de outubro, em entrevista à DeFato, o vereador e ex-secretário municipal de Governo, Bernardo de Souza Rosa (Avante), afirmou que a proposta seria enviada à Câmara ainda naquela semana. O atual líder do Governo na Casa, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), prometeu, à época, que a reforma seria enviada “nos próximos dias”. No entanto, nenhuma das profecias se cumpriu.

Na última terça-feira (7), durante uma audiência pública sobre o novo estatuto do servidor, Heraldo Noronha (PTB) voltou a reforçar que um projeto não pode ser votado sem o outro. O presidente da Câmara ainda deu 20 dias para que a gestão Marco Antônio Lage finalmente cumpra sua promessa.

“Dependemos da reforma administrativa do governo chegar aqui, não tem como votar o projeto (plano de cargos e salários) sem reforma administrativa. Se vai criar uma nova secretaria, automaticamente serão criados novos cargos. E não tem como votar um plano de cargos e salários sem saber o dinheiro que está criando com novos cargos e sem saber de onde vai tirar o dinheiro. O governo tem mais 20 dias para enviar a essa Casa a reforma administrativa. Será que eles não têm competência para enviar em 20 dias?”, questionou Heraldo.

Procurado pela reportagem da DeFato, o secretário municipal de Administração, Gabriel Quintão, afirma que a reforma administrativa será protocolada na Câmara nos próximos dias, sem especificar uma data.