Motorista de Porsche que causou acidente em BH ficou calado durante o depoimento
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concedeu entrevista coletiva nessa terça-feira (12) para dar mais detalhes sobre o caso
Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti, de 32 anos, motorista do Porsche envolvido em um acidente na avenida Barão Homem de Melo, em Belo Horizonte, e que vitimou uma pessoa na madrugada da última segunda-feira (11), foi preso no início dessa semana por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concedeu entrevista coletiva nessa terça-feira (12) para dar mais detalhes sobre o caso. Com base nos primeiros levantamentos, o coordenador da Central Estadual do Plantão Digital, delegado Marcos Pimenta, explicou a dinâmica do acidente. “O homem perdeu a direção do veículo, vindo a chocá-lo contra um poste, provocando o arremesso de seu amigo, que estava no banco do carona, o qual veio a óbito”, disse.
Na ocasião, o suspeito foi detido pela Polícia Militar no local do acidente e encaminhado a uma unidade de saúde. Após receber alta médica, o homem seguiu para a Delegacia de Plantão.
O delegado Filype Utsch contou que o motorista, acompanhado de dois advogados, permaneceu calado durante o depoimento e se recusou a fazer o teste do etilômetro. Ainda de acordo com o delegado, o crime teve como agravantes a condição de embriaguez do suspeito, constatada pelos policiais militares que atenderam a ocorrência, e a inabilitação para a condução de veículo automotor, visto que ele estava com a habilitação cassada desde 2011.
Sem permissão para dirigir
O motorista do Porsche, que estava a 250 km/h na avenida Barão Homem de Melo, estava com a habilitação cassada e não poderia dirigir. “Ele entrou com processo de 1º habilitação em 2011 e obteve a permissionária (direito de dirigir por um ano). Nesse período, como ele teve uma infração gravíssima, não pode ser habilitado com uma permanente e, desde então, não está apto a conduzir veículo automotor”, disse o delegado Marcos Pimenta.
Após ter a prisão ratificada, o suspeito continuou a reclamar de dores e, por esse motivo, foi levado a uma unidade de saúde sob escolta policial. Depois de receber alta, ele foi encaminhado para o sistema prisional.