Enxaqueca & Medicina Chinesa: uma visão além do alcance

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que a enxaqueca crônica é uma das doenças mais incapacitantes que acomete metade da população mundial, gerando comprometimento da qualidade de vida, aumento das despesas financeiras, além de ser uma das principais causas de absenteísmo no trabalho. Nesse viés, sabe-se que a intensidade da dor, o tempo de duração de uma crise e a reincidência dela são questões bastante variáveis. Acredita-se, com base em diferentes estudos, que a enxaqueca é mais comum nas mulheres.

É válido apontar que a medicina ocidental, de um modo geral, trata a enxaqueca baseando-se em medicamentos, em especial a partir do uso de analgésicos e de anti-inflamatórios. Nesse aspecto, pode-se observar que alguns desses tratamentos atenuam os sintomas, mas são incapazes de tratar a doença, uma vez que atuam apenas reduzindo a intensidade e a duração das crises.

Estudos apontam que os medicamentos de ação preventiva, quando utilizados de forma prolongada, passam a perder a eficácia, fazendo com que os efeitos colaterais possam surgir.

De acordo com a concepção ocidental, o diagnóstico tem como objetivo determinar qual é a doença por meio de exames e da observação do paciente.

De modo contrário, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) utiliza o princípio de identificar o padrão de desarmonia que está acometendo o paciente, ou seja, a raiz do problema. Acredita-se, com isso, que a enxaqueca e as dores de cabeça, em geral, são apenas sintomas, sinalizando que há algo errado no organismo do paciente. Sendo assim, o tratamento não deve apenas solucionar a dor, mas deve buscar o que está causando o sintoma, diagnosticando e tratando a síndrome que o provoca.

A Medicina Tradicional Chinesa, portanto, trata o indivíduo como um todo, sem a tendência de separá-lo em partes, a fim de tratar o organismo de um modo geral para que ele possa se restabelecer e para que haja, então, harmonia entre mente, corpo e espírito.

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