Após seis meses de reforma, alto-forno da Usiminas retoma atividades

Intervenções no equipamento custaram quase R$ 3 bilhões

Após seis meses de reforma, alto-forno da Usiminas retoma atividades
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

Nesta quarta-feira (24), a Usiminas retomou as atividades do alto-forno 3, o maior da empresa, após uma reforma de seis meses. Esta foi a quarta intervenção no equipamento, em funcionamento desde a década de 70. A cada 20 anos, são necessárias novas reformas e melhorias, segundo a empresa.

Além do CEO da Usiminas, Marcelo Chara, e seu acionista majoritário Paolo Rocca, também participaram do evento de ontem o governador de Minas, Romeu Zema (Novo); o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes; o deputado estadual Hercílio Diniz (MDB); e o prefeito de Santana do Paraíso, Bruno Morato (Avante).

Expectativa

Com a reforma, a expectativa é que o alto-forno 3 aumente a capacidade de produção de ferro gusa para cerca de 3,6 milhões de toneladas por ano. Segundo Paolo Rocca, este pode ser o início de um novo ciclo.

“Estamos diante de oportunidade para assumir o protagonismo de um novo ciclo que está se desenhando e, para isso, é necessário criar condições para promover a eficiência e a competitividade do sistema. O poder público e as empresas precisam trabalhar numa visão comum de fomentos, combater a prática desleal no comércio, reduzir e simplificar a carga tributária, além de melhorar a eficiência do serviço público e da infraestrutura”, discursou.

Já o governador Romeu Zema enfatizou o ganho econômico gerado pela reforma, orçada em R$ 2,7 bilhões e considerada a mais cara feita pela Usiminas nesta década.

“É uma satisfação estar aqui na Usiminas para comemorar um dos maiores investimentos que nós tivemos no estado nesses cinco anos da minha gestão. Queremos que a economia de Minas fique cada vez mais competitiva e esse investimento vem totalmente ao encontro desse objetivo, gerando maior produtividade e redução na emissão de gases”, disse o governador.

Benefícios

A importância do alto-forno na economia ipatinguense se deu, também, durante seu período sem atividades. De acordo com a Usiminas, foram R$ 138 milhões gerados a mais em ICMS e ISSQN a partir das operações em Ipatinga durante a reforma. 

A empresa também estima ter injetado mais de R$ 400 milhões em fornecedores locais, com a compra de materiais e contratação de serviços só no Vale do Aço. Por fim, somente com a manutenção do forno, a Usiminas calcula ter gerado aproximadamente 9 mil empregos temporários. Do total, 60% foram ocupados por moradores da região.

*Com informações da Agência Minas