Cruzeiro faz bom jogo, mas sofre golaço no fim e perde a decisão da Copinha para o Corinthians
No duelo de melhor ataque (Corinthians) contra a melhor defesa (Cruzeiro), o setor de meio-campo foi ponto de desequilíbrio
O Cruzeiro foi superado pelo Corinthians por 1×0 nesta quinta-feira (25), na final da Copa São Paulo de Juniores, disputada na Neo Química Arena. Os comandados de Fernando Seabra lutaram muito e tiveram as principais investidas do jogo, tendo inclusive, um gol anulado em lance de muita discussão. Porém, o título ficou com os donos da casa.
Com o triunfo, o time paulista conquistou o seu 11º título da competição. O time treinado por Danilo, ídolo das conquistas da Copa Libertadores e Mundial, não foi melhor do que o Cruzeiro, mas soube sofrer e melhorou com substituições na etapa final. O gol da vitória saiu em jogada individual do habilidoso meia Kaike, de 19 anos, no fim do segundo tempo.
Apesar de o Cruzeiro ter chegado à final com uma campanha melhor do que a do Corinthians, a Federação Paulista de Futebol (FPF) escolheu a Neo Química Arena, casa corintiana, como palco da decisão. A entidade concordou em deixar 90% da carga de ingressos e da renda da bilheteria com o clube paulista pelo fato de a agremiação bancar os custos da operação da partida, o que normalmente é dever da federação.
O resultado foi muitos cruzeirenses do lado de fora do estádio, sem conseguir comprar ingressos. Segundo o Cruzeiro, metade da carga no setor visitante foi destinada aos familiares dos atletas e comissão técnica.
ESCLARECIMENTO: A carga de ingressos destinada à torcida do Cruzeiro para a final da Copa São Paulo de Futebol Junior, na Arena Neoquímica, foi definida pela FPF e pelo Corinthians. Por decisão do Cruzeiro metade desta carga foi destinada aos familiares dos atletas e comissão…
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) January 25, 2024
Com o estádio de imensa maioria corintiana, o time cruzeirense precisou lidar com a pressão da Fiel que vinha da arquibancada. A equipe celeste assimilou bem o ambiente no início da partida e buscou ficar com a posse de bola, evitando ser atacada e, consequentemente, que os torcedores inflamassem o jogo. Os mineiros foram os primeiros a chegar com perigo, com Arthur perdendo gol incrível antes dos 10 minutos.
No duelo de melhor ataque (Corinthians) contra a melhor defesa (Cruzeiro), o setor de meio-campo foi ponto de desequilíbrio. Os cruzeirenses articularam boas jogadas por dentro, especialmente com o meia Jhosefer, que chegou a ter oportunidades no time principal, e a dobradinha na esquerda com Vitinho, meia com boa técnica que virou lateral, e o atacante Arthur, recuando para tabelar e disparar em diagonal.
O time corintiano, por sua vez, careceu de ideias na faixa central – Bidon foi quem mais se desdobrou e procurou participar – e insistiu com lances pelos lados. A atuação ruim da equipe alvinegra ficou ainda mais evidente quando Arthur Rosa tentou cavar um pênalti e foi advertido com amarelo. Nas poucas vezes em que o Corinthians trabalhou a bola pelo meio, o time conseguiu pisar na área e incomodar o adversário, mas pecou nas finalizações.
O Corinthians voltou para o segundo tempo mais pilhado, marcando forte e brigando pela bola na frente. Apesar disso, a equipe alvinegra criou pouco. O meia Pedrinho, artilheiro da time na Copinha, e Arhur Rosa, uma das esperanças de gol dos corintianos, mal tocaram na bola.
Mesmo com poucos espaços, o Cruzeiro assustou com finalizações perigosas e até balançou as redes com Tevis, jovem atacante com nome em homenagem ao ídolo argentino do Corinthians. O árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo errou e deixou o jogo seguir sem assinalar falta no goleiro Felipe Longo, marcando a infração quando os cruzeirenses comemoravam.
Duas substituições mudaram o panorama da partida. Machucado, o volante Henrique Silva, do Cruzeiro, precisou sair e o time perdeu o combate no meio. Pelo lado corintiano, a entrada de GH deu novo gás na frente, e o time alvinegro ficou mais insinuante, obrigando o goleiro adversário a trabalhar.
Os paulistas não chegaram a fazer pressão, mas preencheram o campo de ataque e, aos 39, o meia Kaike resolveu a partida em jogada individual, acertando um lindo chute de perna direita de fora da área. O gol foi um balde de água fria para os cruzeirenses, que mesmo com um a mais nos minutos finais, não conseguiu reagir.
Orgulho dos nossos #CriasdaToca! Parabéns, Cruzeiro!
Estamos muito felizes em fazer parte dessa jornada, com Lavitan sempre presente na rotina e no desenvolvimento dos atletas.
Vamos juntos para uma temporada vencedora!#Lavitan #Cruzeiro #Campeão #Copinha2024 pic.twitter.com/KS1L1CgWGS
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) January 25, 2024
FICHA TÉCNICA: CORINTHIANS 1 x 0 CRUZEIRO
CORINTHIANS – Felipe Longo; Léo Mana, João Pedro Tchoca, Renato e Vitor Meer; Ryan (Tomás Augustín), Breno Bidon, Pedrinho (GH) e Kaike; Higor (Thomas Lisboa) e Arthur Sousa (Jhonatan). Técnico: Danilo Andrade
CRUZEIRO – Otávio; Carlos Gómez (Vitor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Kelvin) e Vitinho; Henrique Silva (André), Jhosefer (Juan Gabriel) e Xavier; Gui Meira, Tevis e Arthur (Rhuan Índio). Técnico: Fernando Seabra.
GOLS – Kaike aos 39 do segundo tempo
CARTÕES AMARELOS – Vitor Meer, Léo Mana, Arthur Sousa e Kaike (Corinthians); Arthur (Cruzeiro)
ÁRBITRO – Gabriel Henrique Meira Bispo
PÚBLICO – 43.495 pessoas
RENDA – R$ 1.215.586,00
LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).