Havia uma pedra no meio do caminho… no meio do caminho havia uma pedra

De volta à coluna, o jornalista Alírio de Oliveira publica um texto especial

Havia uma pedra no meio do caminho… no meio do caminho havia uma pedra
Foto: HNSD/Divulgação
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Aos 73 anos mais seis meses, vivi um momento angustiante em minha vida. Justo eu, que me vangloriava de que no auge dessa idade jamais tinha ficado internado e pernoitado em algum hospital durante toda a minha existência.

Tudo começou com a detecção do temível mal. O processo foi lento para se chegar a essa realidade. Foram várias idas e vindas ao PSF do meu bairro (Juca Rosa), encaminhamentos às consultas no HCC, exames laboratoriais, biópsia em Itabira, confirmação da biópsia em Belo Horizonte, ressonância magnética, também em BH, e, por fim, a espera cruciante de quando e onde eu poderia passar pela cirurgia. Havia custos que eu não tinha condições de honrar. 

Entraram no jogo os amigos do Grupo DeFato, chefe de redação e diretoria, que, sensibilizados, fizeram contatos e conseguiram urgência para o meu tratamento. A típica burocracia do SUS entre os exames até o procedimento final foi deixada para trás. Em alguns dias fui, enfim, submetido à cirurgia livradora, quando os resultados apontaram sucesso na remoção total do problema. 

O motivo desse artigo é um agradecimento a todos(as) que participaram dessa minha jornada rumo a uma nova oportunidade de vida. Uma nova chance dada por Deus, com a ajuda das pessoas mais simples até as mais graduadas, desde o atendimento primário no PSF, no HCC, nos laboratórios, na recepção do HNSD, no apoio inestimável das profissionais da área de oncologia, do prestimoso atendimento na sala de apoio até a chefe do setor, do diretor do setor, das enfermeiras da ala Mauro Ribeiro, nos dois turnos, sempre disponíveis, sorridentes e orgulhosamente exercendo a arte de minimizar o sofrimento dos pacientes. Estive bem acompanhado nos quatro dias de internação, fiz novas amizades, que tornaram minhas dores e angústias mais leves. Até hoje mantemos contato. 

Ao médico urologista e cirurgião, competente, educado, dedicado, sempre disponível a minorar as dores e pacientemente tirar dúvidas quanto ao procedimento, o tempo de recuperação, e por quanto tempo mais eu deveria ficar internado. Não posso excluir dessa “jornada” os apoios fundamentais da minha esposa e meus filhos, elevando minha autoestima, minimizando meu mal-estar, presencialmente ou por ligações, como foi o caso da minha filha, que mora em outro estado.

A pedra do meio do caminho foi, enfim, removida.

Na oportunidade, quero parabenizar todo o sistema de saúde envolvido na minha recuperação, e parabenizar a toda a diretoria do HNSD pela eficiência e qualidade dos seus profissionais, dignos da história desta secular instituição orgulho dos itabiranos. 

Lembrando que 29 cidades no entorno de Itabira enviam seus pacientes para se tratarem no HNSD. 

Meu eterno muito obrigado!

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

*** O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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