Senadores de oposição levam a Pacheco desejo de fim do foro privilegiado
O grupo também quer o avanço da PEC que cria um mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal

Senadores que fazem oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na quarta-feira (31), para apresentar suas pautas prioritárias depois das operações da Polícia Federal (PF) que atingiram políticos do grupo nos últimos dias.
Após a reunião, os parlamentares não quiseram apresentar a lista completa dos projetos que defendem que avance no Congresso, mas salientaram que querem o andamento da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) de fim do foro privilegiado e da PEC que cria um mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os Congressistas esperam uma resposta de Pacheco até esta sexta-feira (2) sobre quais temas apresentados devem tramitar na Casa.
Após a reunião, o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, disse que o Congresso precisa “equilibrar o processo democrático”, e afirmou também que pediu ao presidente do Senado que encontre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que as duas Casas avancem com pautas para defesa do Legislativo.
“Apresentamos a Pacheco uma pauta legislativa, que tem a intenção de equilibrar o processo democrático. Pedimos também que ele dialogue com o presidente da Câmara para que a pauta possa tramitar nas Duas Casas”, declarou.
Marinho disse que os oposicionistas estão sendo alvos de “perseguição política” e que “a exceção virou regra”. O líder da oposição também fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, que autorizou as operações da PF.
“Há preocupação com a condução dos inquéritos. Todos eles conduzidos por um único ministro do STF. Esse ministro tem dado declarações fora dos autos que nos preocupam. O sistema Judiciário que permite que a vítima seja o julgador está comprometido”, afirmou.
Segundo Marinho, o que a oposição quer do Congresso são medidas para que o método e a forma com que pessoas são investigadas seja “correta”.
O senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a Polícia Federal está acabando com a própria reputação e que há uma PF paralela a serviço do governo Lula. “Hoje há uma conjuntura sim para perseguir Bolsonaro e aliados políticos”, afirmou.
Participaram do encontro com Pacheco os senadores:
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Carlos Portinho (PL-RJ);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Márcio Bittar (União Brasil-AC);
- Izalci Lucas (PSDB-DF);
- Marcos do Val (Podemos-ES);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS).