Itabira quer viver
Agora sabemos como nos proteger: um plano em busca de outras soluções para nunca mais errar
Até a data de hoje ninguém me pediu voto para prefeito ou vereador válidos nas eleições municipais deste ano. E dou razão aos não pedintes porque muitos esperam o período eleitoral. Criamos um grupo que fará mil exigências antes de tocar numa peneira. Ele vai detectar os mal-intencionados e os eliminará.
Fizemos uma promessa de nós para nós: está fora de governança quem tiver pretensões fora da decência. Qualquer que seja a ideia, ela tem de começar com o item empreendedorismo e entrar em ação imediatamente.
Tenho um amigo que, no ano de 1980, era um pobre qualquer. Ou melhor, tinha uma casa, uma mísera residência. Planejava montar um negócio em que confiava, mas não dispunha de um centavo para sequer registrar a empresa. Então, falou com a mulher que venderia o imóvel. A madame deu pulos de contrariedade, quase subiu nas paredes e afirmou que não assinaria papel algum de venda da casinha nem da cadela de estimação.
A discussão percorreu a família como se fosse um abaixo-assinado. Opinião quase unânime, meu amigo levou de goleada, esperneou, mas acabou conseguindo registrar a propriedade e, em seguida, penhorá-la por um bom valor num banco da moda.
Começou a investir no empreendimento sonhado que, imediatamente, deu certo. O investimento cresceu. Pronto. Ficou rico de vez, comprou outra casa maior, uma fazenda e tocou o bonde para frente com o seu negócio gerador de fontes de receita. É o que interessa: ter dinheiro girando, capital, entusiasmo e capacidade. Nada supérfluo, principalmente quando a entressafra se aproxima, como pracinhas, florezinhas e outras baboseiras.
No início afirmei que só votamos em quem nos suplicar com um plano na mão. Quase me perdi. Não desejamos que alguém se humilhe, ajoelhe aos nossos pés, mas que prepare um plano de governo honesto, possível, sério e com a visão do futuro. Dispenso se tiver uma conotação de empobrecimento do povo para ação socialista. Pensam que o povo é bobo?
Não conhecemos todos os políticos itabiranos. Mas sim a maioria. Temos admiração por alguns vereadores e a partir de agora vamos tentar dar asas às boas ideias. Estamos impressionados com o fato de estar a Vale despedindo-se de nós, mostrando-nos que os bilhões que ainda giram por aqui serão minguados centavos, em breve.
Anteontem (19) vimos e ouvimos um vídeo de uma reunião realizada na sede da CDL. Vários oradores se apresentaram — o presidente do Legislativo Heraldo Noronha, o deputado estadual Tito Torres e a dona da festa, Rosilene Félix Guimarães. Rose filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) diante de uma super plateia que ocupou a Avenida Duque de Caxias..
Brilhante a vereadora, abriu todos os verbos que o dicionário dispõe, tal como um político de verdade deve mostrar-se. É pré-candidata, pelo que entendemos, a prefeita de Itabira. Tem um plano e deve nos mostrar, acreditamos. E falou até de um termo que abominamos, a “bagunça”. Pior: a institucional. Susto geral.
Quem quiser vir a nós, sugerimos que criem duas frentes: Vida e Morte. O povo que opte pelo que lhe convém. E já adiantamos que somos a Vida.
Político precisa ter lado, vestir a camisa do time, suar até a chuteira e colocar na mesa o cardápio que pode oferecer no momento certo. Sabemos desde já que uma eficiente gestão começa com um item que hoje a Vale ainda garante, isto é, com fontes de receita. Cultura, Educação, Meio Ambiente, Urbanismo e qualquer outra linguiça não valem um mísero centavo sem Desenvolvimento Econômico forte e decisivo.