Economia mineira se ressente da crise Argentina

A crise econômica na Argentina já afeta a economia mineira, depois da posse de Javier Milei como seu novo presidente

Economia mineira se ressente da crise Argentina

A crise econômica na Argentina já afeta a economia mineira, depois da posse de Javier Milei como seu novo presidente.

Os dados são da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), e atestam que as exportações do estado para o país vizinho caíram cerca de 20% em relação a janeiro do ano passado.

Em 2023, neste mesmo mês, Minas exportou US$ 145 milhões, contra US$113 em janeiro deste ano.

A crise Argentina também teve reflexos nas exportações brasileiras para o país, especialmente em relação aos produtos como peças e veículos automotivos e de passageiros, ferro e aço, energia elétrica e soja.

Em janeiro deste ano as exportações brasileiras atingiram o valor de US$767 milhões, menor valor desde 2021, significando uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em Minans Gerais, o setor mais afetado foi o de ferro e aço que sofreu uma retração de 62%, passando de US$55 milhões em janeiro de 2023 para US$20,5 milhões em igual período deste ano.

A venda de veículos automotivos e autopeças também sofreu uma redução de 11% em relação a janeiro do ano passado.

Em janeiro de 2023, Minas exportou US$34,6 milhões contra US$30,8 em janeiro de 2024.

Alexandre Brito, consultor de Negócios Internacionais da Fiemg, afirma que desde o segundo semestre ao ano passado já ocorrimma quedas nas exportações brasileiras para a Argentina mas, os números do mês de janeiro foram realmente atípico.

“O ano até que terminou bem no agregado e a Argentina foi o terceiro maior mercado de Minas Gerais, mas houve queda acentuada no mês de janeiro, e esperamos que haja uma recuperação a partir daqui por diante., no setor automotivo e também em relação ao aço”.

Brito acredita que “o motivo dessa queda nas exportações não tenha nada a ver com as medidas tomadas por Milei contra exportações brasileiras, mas credita a recessão à situação econômica atualmente vivida pela Argentina, que tem um impacto muito forte no consumo, o que faz com que as pessoas adiem seus gastos o máximo possível temendo lá na frente e isso afeta as exportações de bens finais como produtos intermediários e a Argentina é um mercado muito importante neste segmento”.

No setor de ferro e aço, houve queda na venda de aços planos e longos, usados, por exemplo, na fabricação de geladeiras e eletrodomésticos em geral, e na construção civil, afirma o consultor.

“Esses são insumos usados na fabricação de produtos que o consumidor deixa de comprar em época de crise. O Produto Interno Bruto da Argentina (PIB) teve uma queda de 2,7%, em 2023, uma das maiores do mundo”.

A inflação na Argentina no primeiro mês de 2024 fechou em 20,6%, abaixo dos registrados em dezembro, com uma taxa anual de 254,2%, uma das mais altas do mundo, na segunda maior economia da América do Sul.

Ao assumir o governo, em 10 de dezembro do ano passado, Milei adotou duras medidas econômicas papra conter a crise e a inflação no país, como a desvalorização do peso, suspensão de obras públicas, corte nos subsídios de energia e transporte e redução de rrepasses a entes federativos. Oos preços chegaram a subir 143% nas mercadorias e os serviços estão com os valores muto voláteis.