Robinho ficará preso em Tremembé, o presídio dos famosos
Na mesma penitenciária estão presos conhecidos da população brasileira, com Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves
Ex-atacante da seleção brasileira e de grandes clubes brasileiros, além do Milan, na Itália, Robson de Souza, o Robinho, foi preso pela Polícia Federal em Santos, na quinta-feira (21), para cumprir pena de nove anos em regime fechado, por participação em estupro coletivo cometido em Milão.
O fato aconteceu em 22 de janeiro de 2013, na Sio Café, boate de Milão. Em 2017, a Justiça da Itália condenou Robinho por crime de violência sexual em grupo. Em interceptações telefônicas, Robinho confidencia a um dos acusados a preocupação com câmeras que pudessem ter gravado o ato, o que é uma confissão da prática de abuso.
Em 2022, ele é condenado em última instância pela Justiça italiana e a mais alta corte do país encerra a possibilidade de recursos.
Com o ex-jogador já residindo no Brasil, a Itália pede a extradição do condenado, o que é proibido pela Constituição Federal Brasileira. Em 2023, a Itália pede à Justiça brasileira que Robinho cumpra pena no seus país natal. Em 2024, o STJ julga se Robinho deve cumprir pena no Brasil, cujo pedido foi julgado procedente por 9 dos 11 ministros da Corte.
Na madrugada desta sexta-feira (22), Robinho, de 40 anos, foi transferido para a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé, no inteirior paulista.
Na mesma penitenciária estão presos conhecidos da população brasileira, com Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves, por crimes violentos.
A penitenciária fica numa região isolada do município do memso nome, com muita vegetação ao redor. O espaço é um local com campos de futebol, biblioteca, salão de jogos, igreja ecunêmica e uma horta. As visitas podem ocorrer aos sábados e domingos e as refeições são feitas dentro do presídio, que tem capacidade para 584 pessoas. Atualmente abriga 434 detentos.
Há dois pavilhões para detentos de regime fechado e um pavilhão para quem cumpre pena em regime semiaberto.
Na penitenciária, há oficina que permite que os detentos trabalhem, uma vez que a Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) fica dentro do espaço, com cursos de capacitação e qualificação profissional para empresas e governos municipais.
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Na P2 há ainda fábricas de carteiras e cadeiras escolares, desinfetantes de vasos sanitários, fechaduras de portas, entre outros. Os internos das oficinas da Funap podem ter pena reduzida em um dia, a cada três trabalhados, desde que autorizado pela Justiça. Na biblioteca há 7,5 mil livros disponíveis para os internos.
A prisão de Robinho ocorreu horas depois de a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, assinar um comunicado para a Justiça Federal cumprir a prisão de forma imediata e um dia depois da decisão dessa mesma Corte de que o réu deveria ficar preso no Brasil.