Concurso Caixa: Ministério Público Federal questiona adiamento de provas apenas no Rio Grande do Sul
O objetivo é saber se o cancelamento da prova somente nos municípios gaúchos não afetaria a isonomia entre os candidatos na disputa
O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Caixa Econômica Federal (CEF) questionando sobre a suspensão do seu concurso público, previsto para o próximo dia 26 de maio em todo o País, e se esse adiamento ocorrerá apenas para os inscritos do Rio Grande do Sul. O objetivo é saber se o cancelamento da prova somente nos municípios gaúchos, em razão da situação de emergência causada pelas chuvas, não afetaria a isonomia entre os candidatos na disputa.
O ofício foi enviado à Caixa na sexta-feira (10) pelos procuradores da República que atuam em controle da administração no Rio Grande do Sul. O banco tem 48h para responder, enviando ao Ministério Público detalhes do ato de suspensão.
No documento, o MPF defende o adiamento do concurso, que vai preencher mais de 4 mil vagas de nível médio e superior em todo o Brasil, até que se normalize a situação de calamidade pública e haja condições para a realização das provas no estado.
Mas diante da eventual decisão da Caixa de manter a data nas demais partes do País, quer informações detalhadas sobre os termos do adiamento e as condições de participação dos candidatos, para evitar prejuízos às pessoas que realizariam a prova no Rio Grande do Sul.
Segundo dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, mais de 700 mil pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas no estado que deixaram cerca de 80 mil cidadãos desalojados, causando mortes e destruição. Rodovias foram bloqueadas e a população local sofre com as interrupções no fornecimento de água, energia, internet e comunicações em dezenas de municípios, sem previsão de restabelecimento. No ofício, o MPF alerta ainda que não há local seguro para a realização das provas no estado.
* Com informações do MPF.