Professores da Uemg dizem que governo não está aberto a diálogo sobre reajuste salarial
Os docentes da Uemg estão em greve desde o último 2 de maio
O governador Romeu Zema (Novo) enviou, nesta terça-feira (4), emenda à Assembleia Legislativa de Minas Gerais que propõe reajuste salarial de 4,62% aos servidores públicos do Estado. Anteriormente, o Projeto de Lei (PL) 2.309/24 estabelecia aumento de 3,62%. Apesar do aumento percentual, os servidores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) entendem que a nova porcentagem não repõe as perdas da categoria.
Os docentes da Uemg, em greve desde o último 2 de maio, criticaram, em audiência pública nesta terça-feira, a falta de disposição do governo estadual em negociar as demandas da categoria. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg), Túlio Lopes, disse que o governo não está aberto a esse diálogo. Ele solicitou a instalação de uma mesa de negociação permanente.
A categoria questiona que tem aproximadamente 75,9% de perdas acumuladas nos últimos 10 anos e reivindica recomposição salarial. Outra demanda é a ampliação da jornada dos docentes de 20 para 40 horas semanais, em regime de dedicação exclusiva.
“Essa demanda é antiga. Só na Uemg e na Unimontes não existe esse regime. Isso faz parte da carreira universitária. A universidade não é uma empresa.”, disse Túlio Lopes, presidente da Aduemg.
A liderança da associação ainda lamentou que professores, em afastamento legal por problemas de saúde por exemplo, não recebam ajuda de custo no período. Em sua opinião, isso precisa ser revertido, pois não gera impacto financeiro e nem encontra limitação com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O aumento dessa ajuda de custo também é uma solicitação da categoria. Segundo Túlio Lopes, isso já havia sido assegurado pela gestora da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Luísa Barreto.