Advogada presa por injúria racial no Aeroporto de Confins é solta pela Justiça
Segundo o juiz responsável pela audiência de custódia, a conduta da advogada foi reprovada, mas não atendeu critérios para manter sua prisão
A advogada presa por cometer injúria racial contra um gerente operacional de voo no Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último domingo (23) foi solta nesta terça-feira (25). A Justiça decidiu pela liberdade da mulher que teria proferido insultos racistas como “macaco”, “preto” e “vagabundo” à vítima.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência de custódia foi realizada de forma virtual, isso porque o Presídio de Vespasiano, onde a advogada estava presa, não possui condições de apresentar todas as presas aos juízes da região metropolitana.
A advogada informou que a prisão ocorreu de forma regular, não tendo ocorrido qualquer incidente, agressões ou abuso de autoridade. A soltura foi solicitada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que alegou que a prisão cautelar só deve ocorrer “em casos excepcionais e sob o fundamento de que o fato dos autos não se revesta de gravidade objetiva”.
Segundo o juiz responsável pela audiência de custódia, a conduta da advogada foi reprovada, mas não atendeu critérios para manter sua prisão, sendo concedida a ela a liberdade provisória.
Relembre o caso
No último domingo, a advogada, de 39 anos, foi acusada de proferir ofensas como “comandantezinho”, “macaco”, “preto”, “vagabundo”, “cretino” e “seu bosta” a um comandante no Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ela foi autuada em flagrante pelos crimes de injúria racial, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, desacato e vias de fatos.