Prefeitura de Itabira não vende mais sepultura por antecipação
Diante da inexorável visita que a morte nos fará, precavido, procurei me informar sobre o valor de uma sepultura na administração do Cemitério da Paz
A única certeza que temos na vida é que a morte virá um dia, a incerteza é quanto a data e hora que sua fatal visita vai ocorrer. Diante dessa realidade, da inexorável visita que ela nos fará, precavido, procurei me informar sobre o valor de uma sepultura na administração do Cemitério da Paz, em Itabira. O valor me surpreendeu com o preço abaixo do que eu imaginava fosse: R$ 1.607,00. Parece que havia possibilidade de parcelamento. Não me informei quanto a isso, mas acredito que sim.
A surpresa foi quando um funcionário me disse que não se vende mais esse espaço por antecedência; ou seja, quando alguém de sua família se vai, procura-se o setor responsável e compra-se o espaço ali, na hora.
Discordei da nova determinação e fui informado que os espaços na nossa última morada estavam se esgotando e, por isso, a decisão tomada nessa gestão do governo Marco Antônio Lage.
Procurei maiores e seguras informações na Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Prefeitura de Itabira, na pessoa do titular da pasta, Rodrigo Andrade, que gentilmente me explicou a situação:
“A suspensão das vendas antecipadas de sepulturas se dá pela disponibilidade reduzida de áreas no Cemitério da Paz. Desse forma, para manter maior controle e planejar corretamente a expansão do equipamento público, a comercialização de novas sepulturas tem acontecido quando há necessidade imediata”.
Indaguei se a administração municipal, diante do esgotamento do espaço no cemitério, estava providenciando a escolha de um novo terreno para o nosso “descanso eterno”, e levantei a questão que tal medida impossibilitava o familiar de construir um túmulo mais digno para seu ente querido, antecipando-se a um possível óbito.
A Secom informou que: “Em breve, Itabira vai contar com o cemitério vertical, que já tem a parte estrutural finalizada. As obras compreendem, neste momento, o projeto elétrico junto à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Depois de concluído o novo modelo de sepultamento, em Itabira, será regulamentado por meio de Lei Municipal”.
Então fica aí a novidade para a população itabirana, que eu, particularmente, acho que é um complicador para quem perdeu seu parente e terá pela frente o inconveniente de lidar com burocracia num momento de dor pelo passamento de alguém próximo.