Duas mulheres, sete remanescentes e políticos de primeira viagem: conheça os 17 vereadores eleitos em Itabira

Para os próximos quatro anos, o prefeito reeleito Marco Antônio Lage (PSB) deverá ter uma relação menos conturbada com o Legislativo

Duas mulheres, sete remanescentes e políticos de primeira viagem: conheça os 17 vereadores eleitos em Itabira
Foto: Câmara de Itabira/Divulgação
O conteúdo continua após o anúncio


Com sete vereadores reeleitos e duas mulheres entre os dez novos parlamentares, a Câmara Municipal de Itabira teve alto número de renovação após o término das eleições municipais de 2024. 

Para os próximos quatro anos, o prefeito reeleito Marco Antônio Lage (PSB) deverá ter uma relação menos conturbada com o Legislativo, já que terá um Legislativo de situação, em sua maioria. A nova composição da Câmara foi celebrada pelo prefeito: “A gente esperava uma grande renovação e, de fato, nós tivemos. Dos vereadores, dos candidatos dos partidos que formavam a coligação “Nossa Bandeira é Itabira”, doze foram eleitos. Maioria absoluta, três terços.”

Confira a lista e um breve perfil sobre os (as) parlamentares eleitos (as) 

Carlos Henrique (PDT)

Carlos Henrique (PDT) não foi apenas reeleito para seu segundo mandato, como também bateu o recorde de vereador mais votado da história de Itabira: foram 3.013 votos, que representam 4,37% do eleitorado itabirano. Com os números somados nas urnas, Carlos Henrique cresceu seu eleitorado em mais de três vezes após quatro anos, já que em 2020, quando se elegeu pela primeira vez, obteve 857 votos (1,27%) — gastando R$420 em sua campanha. Neste ano, declarou ao portal “DivulgaCand” ter empenhado somente R$1.449,91 em despesas.

Em novembro de 2023, Carlos Henrique tornou-se líder do governo no Legislativo, substituindo Weverton Vetão após um imbróglio entre o antigo representante e a gestão de Marco Antônio Lage (PSB). Durante todo seu mandato, o parlamentar teve 3 projetos de lei ordinária, 11 resoluções, 4 requerimentos, 16 indicações e despesas de R$1.075.775,60. 

A expressiva quantidade de votos consolidada neste pleito faz com que, naturalmente, ele seja cotado à presidência da Câmara na próxima legislatura.

Marcelino Guedes (PSB)

Marcelino Freitas Guedes (PSB) também foi reeleito para seu segundo mandato na Câmara. Similar a Carlos Henrique, o político conseguiu mais que o dobro de votos que havia conseguido nas últimas eleições: 737 votos em 2020 (1,09%) para 1.879 votos (2,72% do eleitorado). Nestas eleições, o candidato declarou ao portal “DivulgaCand” ter empenhado R$ 20.990,22 em sua campanha. 

Entre 2020 e 2024, Marcelino teve 9 projetos de lei ordinária, 12 resoluções, 30 requerimentos e 50 indicações, somando despesas de R$1.080.783,81.

Reinaldo Lacerda (PSB)

Outro reeleito, mas desta vez, para o terceiro mandato, foi Reinaldo Lacerda (PSB). Com 1.787 votos, o político teve 2,59% da preferência do eleitorado itabirano, sagrando-se o terceiro mais votado nas eleições de 2024. Em 2020, o saldo nas urnas foi de 1.330 votos, que representaram 1,97% do eleitorado. O político nunca escondeu seu sonho em se tornar presidente da Câmara, possibilidade que pode se tornar realidade em 2025.

Durante seu segundo mandato, Lacerda teve 4 projetos de lei ordinária, 12 resoluções, 59 requerimentos, 166 indicações e despesas de R$1.076.541,30. Neste ano, Lacerda empenhou R$19.261,00 em sua campanha, de acordo com o site “DivulgaCand”, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Bernardo Rosa (PSB)

O quarto vereador a ser reeleito foi Bernardo Rosa, também do PSB, com 1.761 votos, somando 2,55% da preferência do eleitorado itabirano. Em 2020 o advogado havia sido eleito com 1.033 votos (1,53%).

No início da sua trajetória no parlamento, em 2021, Bernardo foi nomeado vice-líder do governo Marco Antônio Lage (PSB) no Legislativo — posto que ocupou até julho de 2022, quando se licenciou da função de parlamentar para assumir a Secretaria de Governo, onde ficou até março de 2023. Durante seu tempo na Câmara, Bernardo foi considerado o segundo vereador mais atuante, com 23 projetos de lei ordinária, 12 resoluções, 40 requerimentos e 52 indicações – totalizando despesas de R$889.094,14.

Para a campanha de reeleição, o candidato empenhou R$13.850,90, segundo o “DivulgaCand”.

Carlin Sacolão Filho (Solidariedade) 

O quinto vereador entre os 17 selecionados nestas eleições é uma figura já conhecida na política itabirana: Carlos Henrique Silva Filho (Solidariedade). Esta será a segunda vez que o itabirano é eleito e irá “substituir” o seu pai e atual vereador, Carlos Henrique da Silva “Carlinhos Sacolão” (PSDB), na Câmara de Itabira. 

“Carlin Filho” cumpriu mandato entre os anos de 2017 e 2020 e volta ao Legislativo após somar 1.515 votos (2,20% da votação). Neste ano, segundo o “DivulgaCand”, empenhou R$10.210,00 na sua campanha.

Ronaldo Capoeira (PRD)

Quem também está de volta à Casa Legislativa é Ronaldo Meireles de Sena “Ronaldo Capoeira”, do PRD. Nestas eleições, Capoeira teve o apoio de 1.505 pessoas, representando 2,18% do total de votos válidos.

O “novo” vereador já esteve na Câmara por dois mandatos e nas eleições de 2020, somou 1.238 votos (1,83%), mas não acabou sendo eleito. Assim como todos os vereadores acima citados, Ronaldo Capoeira é da base aliada ao governo Marco Antônio Lage. De acordo com o “DivulgaCand”, o candidato declarou ter gastado R$4.063,00 para fazer sua campanha.

Jordana Madeira (PDT)

A partir de 2025, Itabira contará com duas mulheres ocupando o Legislativo. A primeira delas é a pedetista Jordana Madeira Dias (PDT). Ela tem 30 anos, é empresária, líder comunitária do Boa Esperança e em sua primeira disputa por um cargo político, obteve 1.484 votos (2,15% do eleitorado)  – alcançando a vaga com apoio direto do seu tio André Viana, presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região.

De acordo com o “DivulgaCand”, Jordana empenhou R$3.289,60 em sua campanha.

Júlio Contador (PRD)

O quinto vereador reeleito em 2024 é Júlio César de Araújo “Contador”, que apesar de ser figura bastante conhecida no meio político, está indo para seu segundo mandato. Júlio teve 1.383 votos, ou seja, 2,00% do total de votos válidos em Itabira – número pouco menor que a sua votação em 2020, quando fez 1.514 votos (2,24%).

De acordo com o Observatório Social de Itabira, Júlio ocupa a terceira posição no relatório de produtividade dos atuais vereadores da Câmara, com 21 projetos de lei ordinária, 17 resoluções, 31 requerimentos e 97 indicações. Suas despesas chegaram a R$1.068.637,00.

Assim como todos os acima citados, ele é mais um apoiador do governo Marco Lage. Nesta campanha, segundo o “DivulgaCand”, ele gastou R$ 2.550,00.

Yuyu da Pedreira (PSB) 

Hudson Junio Diogo Santos, o “Yuyu da Pedreira” foi o quarto candidato mais votado do PSB. Estreante na política itabirana, ele somou 1.371 votos (1,99% do total), alcançando seu primeiro mandato na Câmara. 

Yuyu é ex-presidente da Associação de Moradores do Pedreira do Instituto e trabalhou no governo Marco Lage como superintendente de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Nestas eleições, segundo o “DivulgaCand”, empenhou R$ 6.227,00 em sua campanha.

Luiz Carlos de Ipoema (MDB)

Eis aqui o candidato da oposição mais votado nestas eleições de 2024: Luiz Carlos de Souza, mais conhecido como “Luiz Carlos de Ipoema”. Ele é ex-administrador do distrito e já apresentou uma série de denúncias contra Marco Antônio Lage na Câmara. 

Luiz Carlos teve 1.216 votos, que representa 1,76% do total do eleitorado itabirano, sendo o mais votado do MDB. Nesta campanha ele empenhou R$8.064,00, de acordo com o “DivulgaCand”. 

Dulce Citi (PDT)

A segunda mulher escolhida pelos itabiranos para ocupar uma vaga na Câmara é Dulce Citi Oliveira, do PDT, que obteve 1.100 votos (1,59% do total) na eleição. Ela encerrou as eleições com a terceira maior votação do PDT. 

Antes de se candidatar pela primeira vez, Dulce foi coordenadora do gabinete de Marco Lage. Recém eleita, empenhou R$4.258,00 em sua campanha, de acordo com o “DivulgaCand”.

Rodrigo Diguerê (MDB)

Rodrigo Alexandre Assis Silva, o “Diguerê”, chegou ao seu quarto mandato como vereador. Com uma postura menos agressiva que os demais, ele é mais um membro da oposição à atual (e futura) gestão municipal.

Comparada às eleições de 2020, a quantidade de votos de Diguerê teve uma ligeira queda: de 1.069 (1,58%), para 1.062 votos neste ano, equivalente a 1,54% do total registrado em Itabira, 

Nesta última legislatura, Diguerê teve 6 projetos de lei ordinária, 14 resoluções, 24 requerimentos e 13 indicações, somando R$1.057.901,79 em despesas no seu gabinete. Ainda segundo o “DivulgaCand”, o candidato gastou R$5.739,00 em sua campanha eleitoral.

Heraldo Original (Republicanos)

O sétimo (e último) vereador que conseguiu se reeleger neste pleito foi Heraldo Noronha Rodrigues (Republicanos). O “Original” alcançou seu terceiro mandato com 944 votos (1,37% do eleitorado), votação menor que em 2020, quando teve 1.391 votos, equivalentes a 2,06% do eleitorado.

Ele foi o único parlamentar da oposição de Marco Lage que tinha postura ferrenha ao prefeito e conseguiu manter sua cadeira para a próxima legislatura. Heraldo Noronha teve 2 projetos de lei ordinária, 13 resoluções, 9 requerimentos, 45 indicações e despesas de R$1.390.807,35.

De acordo com o “DivulgaCand”, Heraldo prestou contas de R$1.260,00 em sua campanha eleitoral. 

Elias Lima (Solidariedade)

Após cinco tentativas, Elias dos Reis de Lima conseguiu se tornar vereador em Itabira, como o segundo candidato mais votado do Solidariedade. Ele será um dos sete novos nomes dentro da Câmara Municipal e conseguiu tal feito após ter o apoio de 942 eleitores, que representaram 1,37% do total de votos válidos.

Elias já foi presidente da Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb) durante a gestão de Marco Lage e é mais um nome para a base aliada ao governo. Segundo o “DivulgaCand”, ele gastou R$2.500,00 na sua campanha.

Marquinhos da Saúde (Solidariedade)

Marcos Antônio Ferreira da Silva, o “Marquinhos da Saúde”, também foi outro candidato eleito na coligação de Marco Lage. Ele conquistou seu lugar na Câmara após receber 934 votos (1,35% do total) e terá sua primeira experiência exercendo um cargo político.

Para sua campanha, Marquinhos se afastou da presidência do Conselho Municipal da Saúde (CMS) e investiu R$2.825,00 em sua campanha – de acordo com o “DivulgaCand”, do TSE.

Didi do Caldo de Cana (PL)

Por fim, mas não menos importante, a última “cara nova” na Câmara será Cidnei Camilo Rabelo, o “Didi do Caldo de Cana”. O candidato foi eleito pelo Partido Liberal (PL) com 832 votos, 1,21% do eleitorado itabirano. 

Didi é ex-funcionário da Vale, atua como empresário e também deverá compor a oposição ao prefeito reeleito. Segundo informações do “DivulgaCand”, do TSE, Didi ainda não declarou gastos de sua campanha.

Leandro Pascoal Mãos Na Massa (PSD)

Leandro Pascoal (PSD) foi o 17º vereador escolhido para a gestão 2025/2028, com 655 votos (0,95% do total).

Leandro volta à Câmara para um segundo mandato, após ter participado do Legislativo entre 2017 e 2020. Segundo informações do “DivulgaCand”, R$3.000,00 foi o valor já pago em despesas pelo candidato.