Apagão provoca prejuízo de R$1,65 bi ao comércio de São Paulo
Estimativa de prejuízo foi apresentada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP)
Em nota publicada nesta segunda-feira (14), a Fecomércio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e turismo do Estado de São Paulo), estima que o apagão ocorrido em São Paulo na última sexta-feira (11), tenha causado um prejuízo de ao menos R$1,65 bilhão ao comércio e serviços na capital bandeirante.
A Enel, responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista tem um prazo de até 3 dias para solucionar o problema na Grande São Paulo.
Segundo números da Fecomércio, desde a última sexta-feira, somente o varejo da capital teve um prejuízo de ao menos $ 536 milhões e, no caso dos serviços, chegam a perdas de R$ 1,1 bilhão.
Os dados foram possíveis a partir de levantamentos que indicam que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões. Esses valores mostram a interrupção de energia impactando fortemente a economia local.
A Fecomércio afirma que busca soluções junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e também junto à Prefeitura de São Paulo desde o início do problema.
A Fecomércio reclama da recorrência de cortes de energia e alega “ser inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia”, aludindo ao apagão ocorrido em novembro de 2023.
Em novembro de 2023 o apagão na cidade e região metropolitana ficou sem energia por 4 dias, com um blecaute, resultado de um temporal registrado em várias cidades do Estado, com sete vítimas fatais.
Até a manhã desta terça-feira (15), cerca de 250 mil clientes continuam sem energia.
Ao todo, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz desde a sexta-feira (11), após um forte temporal no Estado. Segundo a Enel, quase 2 milhões de imóveis tiveram o serviço restabelecido.
A Fecomércio SP ressalta o grande número de empresas que estão tendo perdas econômicas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas de varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, uma vez que sem energia, não têm acesso à internet.
Muitos estabelecimentos recorreram a medidas emergenciais, alugando geradores e compra de combustível para manter as operações.
O apagão também comprometeu o fornecimento de água, afetando, principalmente os edifícios que dependem de bombas hidráulicas.