Garantia de governabilidade? Centrão pode ganhar mais espaço no governo em postos ocupados por petistas

As especulações sobre a renovação do ministério vieram à tona depois do envio do pacote de corte de gastos proposto pelo Ministério da Fazenda ao Congresso, em 29 de novembro

Garantia de governabilidade? Centrão pode ganhar mais espaço no governo em postos ocupados por petistas
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ensaia mudanças no governo dando mais espaço a parlamentares do Centrão.

As mudanças devem ocorrer após o carnaval e a ideia inicial é reduzir a “gordura” petista que hoje ocupa 13 dos 38 ministérios para acomodar, provavelmente, membros do PSD, PP, MDB, Podemos e União.

Lula tem demonstrado insatisfação com alguns titulares do seu time, e um dos que devem deixar o posto é o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta (PT), que pode voltar à Câmara dos Deputados como líder do governo na Casa e ajudar nas composições eleitorais para 2026.

As especulações sobre a renovação do seu ministério vieram à tona depois do envio do pacote de corte de gastos proposto pelo Ministério da Fazenda ao Congresso, em 29 de novembro.

Partidos aliados têm demonstrado insatisfação com a pressão para votarem mudanças impopulares em prazo reduzido, além de cobrarem a liberação de emendas ao Orçamento que, a propósito, foi votado e aprovado nesta terça-feira (17), na Câmara, e segue agora para sanção presidencial.

O PSD e o União Brasil levaram a Lula suas insatisfações com a ‘pouca’ representação que têm na Esplanada, e cobraram mais espaço nos ministérios em troca da aprovação de medidas.

Quando da tramitação do pacote de corte de gastos, o PSD e o União Brasil deixaram dúvidas em apoiar o pedido de urgência, só mudando o comportamento após reunião de última hora com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, em 3 de dezembro.

Lula tenta atrair e até neutralizar partidos do Centrão em relação a uma possível candidatura sua à reeleição em 2026, quando alguns nomes já são aventados para uma pré-candidatura à Presidência, como Ronaldo Caiado, governador de Goiás e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, além do governador de Minas Gerais, que, embora não confirme a disputa, também não a nega.

* Fonte: CBN