Projeto de parque de data centers deve gerar 1,1 mil empregos diretos em Minas Gerais

Leopoldina foi escolhida devido à sua localização, mão de obra qualificada, além de questões como relevo e capacidade de fornecimento de energia elétrica

Projeto de parque de data centers deve gerar 1,1 mil empregos diretos em Minas Gerais
Foto: Brett Sayles/Pexels

Um trabalho liderado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e sua agência vinculada Invest Minas, atraiu um investimento privado de R$ 300 milhões que vai gerar 1,1 mil empregos diretos no Estado. Leopoldina, na Zona da Mata, foi escolhida pelas empresas Supernova e Mapa Investimentos para abrigar o primeiro parque de data centers de Minas Gerais.

Data center é uma edificação chamada “Missão Crítica”, pois deve funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Qualquer informação processada via rede mundial de computadores passa por um data center. A “nuvem”, termo comumente utilizado, é, na verdade, um data center.

Leopoldina foi escolhida devido à sua localização, mão de obra qualificada, além de questões como relevo e capacidade de fornecimento de energia elétrica. O cronograma prevê a implantação do projeto para o segundo semestre de 2025, com o início das operações até o final de 2026.

Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o empreendimento fortalece um dos pilares da atual gestão: a inovação. “A instalação do parque da Supernova e da Mapa traz mais tecnologia para um estado que tem se destacado em investimentos no setor, com execução orçamentária recorde de R$ 472,2 milhões este ano em inovação”.

“Minas dá um passo importante e se consolida como referência em inovação tecnológica e infraestrutura digital. Esse empreendimento impulsionará a economia local com a geração de empregos e atrairá empresas que buscam eficiência e segurança no processamento de dados”, afirma o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

O empreendimento

O modelo de negócio das empresas é conhecido como “Powered Shell”, ou seja, a infraestrutura de energia e conectividade serão fornecidos, juntamente com a edificação de “Missão Crítica”, que é construída sob medida e preparada para que o operador do data center implante seus equipamentos.

“Em outros países, o Powered Shell é muito comum, no Brasil estamos sendo pioneiros nesta oferta, que proporciona flexibilidade e celeridade na implantação de data centers. Eles garantem armazenamento, processamento e segurança de enormes volumes de dados, permitindo que empresas, instituições governamentais e a sociedade se beneficiem de soluções digitais eficientes”, explica o presidente da Supernova Wagner Avelar.

As empresas

A Mapa, liderada por Bernardo Werneck, e a Supernova, liderada por Wagner Avelar, atuam em conjunto com investimentos e desenvolvimento de operações imobiliárias (Built to Suit), M&A (Fusões e Aquisições) e operações estruturadas.

As empresas já desenvolveram mais de R$ 2 bilhões em operações imobiliárias, incluindo o Parque Logístico BWDiase em Extrema-MG (Kronolog), além de operações de Built to Suit pelo País.

“A expansão das operações imobiliárias no setor fortalecem a infraestrutura tecnológica do país. Esses empreendimentos impulsionam a qualificação da mão de obra, fomentam a inovação e consolidam o Brasil como um hub estratégico no cenário global. Ao conectar pessoas, negócios e governos, os data centers se tornam a espinha dorsal de um futuro mais conectado”, completa Werneck.

* Com Agência Minas.