Oposição critica uso de avião da FAB para transportar ex-primeira-dama peruana condenada por corrupção

A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, se refugiou na embaixada do Brasil, em Lima, antes mesmo da Justiça do país andino decretar a sua prisão por 15 anos. O pedido de asilo político teve por princípio a “Convenção sobre Asilo Diplomático” estabelecida a partir de 1954. O Brasil e o Peru são signatários do documento.

A mulher do ex-presidente Ollanta Humala foi transportada até Brasília num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) por determinação do governo brasileiro. A aeronave aterrissou na capital federal, às 12 horas, nesta quarta-feira (17), mas Nadine deverá manter residência em São Paulo.

A oposição não concordou com a iniciativa do governo Lula e fez duras críticas nas redes sociais. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) denunciou o uso do dinheiro público na inciativa estatal.

“Toda essa proteção e regalia bancada com o dinheiro do contribuinte, com dinheiro do trabalhador. Asilo para condenada por corrupção no escândalo da Lava Jato”, assinalou o político fluminense.

Na rede social “X” e no Instagram, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) questionou: “O Brasil vai virar refúgio para corruptos e traficantes de drogas de outros países? Já não temos o suficiente dos nossos aqui? ”

A deputada Rosângela Moro (União Brasil-SP) elevou o tom das críticas. “Corruptos e PT têm os mesmos valores e, já, já rola um jantar com tapete vermelho para recebe-la (a ex-primeira-dama peruana)”, ironizou a parlamentar.

O pedido de asilo aconteceu no mesmo dia em que a Justiça peruana condenou Nadine Heredia e o marido, ex-presidente Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Segundo a Justiça local, o casal recebeu, de forma ilegal, US$ 3 milhões da construtora brasileira Odebrecht para financiar as campanhas presidenciais de 2006 e 2011. Um ex-diretor peruano da Odebrecht garantiu que a doação foi feita a pedido do PT.

* Fontes: Portal Metrópoles e G1