Líder em prejuízo entre as estatais: Correios cortam jornada e ampliam demissão voluntária
A sede da estatal vai passar por reestruturação com o corte mínimo de 20% no orçamento das funções, quando todos os funcionários vão retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho

Num disputado campeonato de déficits entre as estatais, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) tem liderado com ampla vantagem sobre os seus concorrentes, após o balanço de 2024 indicar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, divulgando nesta segunda-feira (12), um conjunto de medidas com a pretensão de conter despesas, na difícil tentativa de reequilibrar as contas com ações enérgicas que vão desde o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), ampliado até o dia 18 de maio, para maior vazão de funcionários, a até mudanças no regime de trabalho, otimizando processos, aumentando a eficácia e reforçando a capacidade de investimento da empresa e incentivando a redução da jornada de trabalho para os empregados em unidades administrativas, com carga reduzida para 6 horas/dia e 34 semanais e com remuneração proporcional.
Outra aposta é a relocação temporária de carteiros e atendentes comerciais para centros de tratamento, com remuneração mais vantajosa, buscando reforçar áreas estratégicas da operação sem precisar de novas contratações.
Também a redução temporária de fruição de férias, que começam a valer a partir do primeiro dia de junho de 2025 para o período aquisitivo deste ano de 2025, com os trabalhadores só podendo usufruir desse direito a partir de janeiro de 2026.
A sede da estatal vai passar por reestruturação com o corte mínimo de 20% no orçamento das funções, quando todos os funcionários vão retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho, com exceções para casos protegidos judicialmente.
A empresa também pretende lançar um novo modelo de plano de saúde, credenciando e discutindo com redes e entidades sindicais, estimando uma economia em torno de 30%.
A EBCT enfrenta desafios em sua manutenção em face da concorrência de empresas privadas e a premente necessidade de modernização tecnológica, que a tem pressionado nos custos operacionais, diminuindo sua competitividade diante das concorrentes, embora continue sendo uma das maiores redes de distribuição postal do país.