Criação de associação dos hospitais visa aquisição de mais recursos para a saúde na região

Administradores dos hospitais da microrregião de Itabira, Guanhães e João Monlevade se reuniram ontem, 24 de agosto, para discutir a criação de uma associação sem fins lucrativos dos hospitais. O encontro aconteceu pela segunda vez no auditório do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira, e reuniu representantes de 12 cidades.

 

O objetivo da criação da entidade é contribuir para a sustentabilidade dos hospitais e auxiliá-los através de uma medicina mais efetiva. A integração facilitaria uma maior articulação política, principalmente para a busca de recursos federais para as instituições.

 

Durante o encontro, o provedor do HNSD Reginaldo Calixto apresentou algumas sugestões e um plano de ação para o projeto da associação sem fins lucrativos. Ressaltou ainda a importância de se ter uma entidade que represente o Centro-Leste mineiro, já que a organização representativa dos hospitais, a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federasantas), não tem atendido às necessidade das instituições.

 

O médico e diretor clínico do Hospital Nossa Senhora das dores, Caio Sérodio, salientou a importância da discussão e disse que o objetivo é construir um Centro Macrorregional, conseguindo recursos para a modernização dos hospitais, aumentando as especialidades de atendimento, a estrutura e profissionais, para que os pacientes não precisem se deslocar para Belo Horizonte. “Essa integração possibilitará o crescimento não apenas de Itabira, mas de toda a região. Mas para isso precisamos também conhecer o outro para levantar as necessidades do município”. Para Caio essa discussão também deve ser estendida aos diretores-clínicos dos hospitais, pois eles que conhecem a rotina da instituição.

 

Um valor preliminar para a criação da associação foi apresentado aos administradores. Segundo Reginaldo Calixto seria necessário um investimento de R$ 10 mil para montar um escritório e contratar funcionários, como por exemplo, auxiliar administrativo. Os gastos mensais ficariam em tono de R$ 6 mil.

 

O provedor do Hospital Margarida, de João Monlevade, Lucien Marques, achou a proposta muito interessante, principalmente na busca por recursos federais, que segundo ele, não são conseguidos. “Vejo que a criação desta entidade pode fortalecer a todos e dar um suporte a implantação do curso de medicina em Itabira, que já está bastante avançado, e poderá suprir uma dificuldade dos hospitais hoje, que é a falta de profissionais”.

 

No final do encontro, uma comissão provisória foi formada para avaliar qual modelo será aplicado à entidade. Se será uma Organização Não Governamental (ONG), ou uma instituição ligada a uma associação já existente, ou uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

 

Participaram da reunião representantes do Hospital Municipal Waldemar das Dores, de Barão de Cocais; Hospital Nossa Senhora das Graças, de Dom Joaquim; Hospital São Judas Tadeu, de Ferros; Associação de Caridade Nossa Senhora do Carmo, de Guanhães; Hospital Margarida, de João Monlevade; Associação de Caridade São José, de Nova Era; Fundação Municipal da Saúde de Passabém; Hospital Júlio Kubitscheck, de Rio Piracicaba; Santa Casa, de Santa Bárbara; Hospital Padre Estevam, de Santa Maria de Itabira; Hospital Nossa Senhora das Dores, de São Domingos do Prata; e dos Hospitais Nossa Senhora das Dores e Carlos Chagas de Itabira. Membros da Gerência Regional de Saúde (GRS) também participaram do Encontro