Alunos da Funcesi desenvolvem trabalhos científicos na área de saúde

  Pré-neoplásicas, transcutânea, atividade terapêutica do extrato de romã, avaliação da expressão de EGFR e HER2, células 4T1 são palavras e siglas de difícil compreensão para quem não é da área de saúde. Mas para os alunos Ludimyla Dutra, Lucas Araújo, Edmar Henrique, Gabriela Mara, Olinda Santos, Stéfani Silva, Geovanni Cassali, Diego Carlos, Cristina Maria […]

 
Pré-neoplásicas, transcutânea, atividade terapêutica do extrato de romã, avaliação da expressão de EGFR e HER2, células 4T1 são palavras e siglas de difícil compreensão para quem não é da área de saúde. Mas para os alunos Ludimyla Dutra, Lucas Araújo, Edmar Henrique, Gabriela Mara, Olinda Santos, Stéfani Silva, Geovanni Cassali, Diego Carlos, Cristina Maria e Enio Ferreira essas palavras não passam de meras denominações de partes de um organismo a serem estudadas e relatadas em diversos trabalhos científicos que estão em fase de elaboração. Os estudos, no entanto, já ganharam repercussão na Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi), instituição onde os jovens pesquisadores estudam.
 
Os alunos são estudantes do 5°, 7° e 9°  períodos dos cursos de  Nutrição, Enfermagem, Biomedicina  e Fisioterapia. Em entrevista concedida na manhã dessa segunda-feira, 28 de junho, a DeFatoOnline, os alunos disseram que a ideia para os projetos surgiram ao longo de toda a jornada academica. O interesse e a motivação em certas disciplinas despertaram a curiosidade em um aprofundamento nos assuntos, que viraram temas de trabalhos científicos.
 
Trabalhos
Estudo da estimulação elétrica transcutânea na marcha de indivíduos com doença de Parkinson
O trabalho pretende estudar, de forma aprofundada, a reação do organismo de indivíduos com mal de Parkinson quando eles recebem um estímulo de um elétrodo, na região da nuca. A pesquisa está sendo desenvolvida pelos alunos Lucas Araújo e Edmar Henrique, do 9° período do curso de Fisioterapia.
 
A ideia do projeto nasceu como algo específico e diferente, que não fugisse da área de atuação do curso. Iniciado no segundo semestre de 2009, o projeto contou com o apoio do professor Ronaldo Araújo.
 
De acordo com Lucas e Edmar, as maiores dificuldades encontradas foram no início da pesquisa, quando foi preciso definir o ponto de partida e a questão financeira para compra de materiais, deslocamentos para outras cidades etc.
 
Atividade terapêutica do extrato de romã na cicatrização de feridas cutâneas em camundongos
 O trabalho é desenvolvido pela aluna Ludimyla Dutra, do 5° período do curso de Enfermagem. O objetivo é observar e registrar o tempo de cura de ferimentos na pele, quando é usado o extrato de romã. Segundo a aluna, há estudos que indicam que o tempo de cicatrização pode diminuir de 18 para oito dias.
 
O projeto ainda precisar ser aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fatemig), para que receba uma verba de R$ 45 mil, que será usada no custeio de toda a pesquisa. A aprovação deve sair até outubro deste ano.
 
Perfil nutricional dos bailarinos de uma companhia de ballet em Itabira
Proposta pelas alunas do curso de Nutrição, Gabriela Mara e Olinda Santos, a pesquisa pretende estudar a influência de uma alimentação regular na prática de atividades físicas que exijam muito do corpo.
 
A observação será em uma academia de dança de Itabira. Jovens pesquisadoras irão questionar os bailarinos sobre a alimentação do dia e avaliar a influência positiva ou negativa dos alimentos em suas atividades.
 
Segundo Gabriela, grande parte dos obstáculos já foi vencida. O maior “medo” – e ao mesmo tempo, a maior dificuldade – é adesão dos personagens.
 
Avaliação da expressão de EGFR e HER2 em lesões pré-neoplásicas da glândula mamária canina
Estudar a origem, formação, aumento é uma possível cura de uma das doenças que mais faz vítima em todo o mundo: o câncer. Mas este estudo focaliza o câncer de mama e usa as tetas caninas como base para estudo uma vez que há grande semelhança entre os mamilos caninos dos humanos.
 
O trabalho é desenvolvido pela aluna Stéfani Silva, com o apoio dos professores Enio Ferreira e Geovanni Cassali. O estudo está sendo desenvolvido no laboratório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com a aluna, muitos estudos são realizados nesta área, mas poucos apresentam algum resultado significativo.
 
A aluna está matriculada no 7° período de Biomedicina. Segundo Stéfani, a parte teórica do estudo é a mais dispendiosa e a que exige mais de quem está desenvolvendo a pesquisa. Ela ressalta que só foi possível chegar a este estágio graças ao apoio recebido.
 
Todos os entrevistados ressaltaram ainda o grande e determinante apoio que receberam do  Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saúde (Nupes) – que é um setor da Funcesi – bem como o apoio da própria instituição de ensino.

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