Hemodiálise : “A máquina da vida”

Supervisora de enfermagem, Fernanda Almeida, a coordenadora, Juliana Lílian, a secretária, Roseli, a assistente social, Rosa Fontes, o nefrologista Urutã Lucena, a psicóloga, Marina Arriel, o nefrologista, Dr. Marco Antônio e o supervisor, Júlio Cézar

 
A Hemodiálise é um tipo de tratamento pouco conhecido. Geralmente as pessoas só vão saber como ele funciona quando precisam dele. Em Itabira, o tratamento começou a ser feito em 1989, pelo Hospital Nossa Senhora das Dores, sob orientação do nefrologista, Dr. Marco Antônio Gomes, responsável até hoje pelo serviço que também é monitorado pelo Dr. Urutã P. de Lucena. Além dos médicos e equipe de enfermagem, o serviço conta com uma psicóloga, uma nutricionista e uma assistente social.
 
No início das atividades da Hemodiálise, eram 11 pacientes, hoje esse número chega a 125. Dentre os vários fatores que levam o paciente a ter que fazer o tratamento, os médicos sempre destacam a hipertensão arterial (“pressão alta”) e diabetes mellitus, mal cuidados.
 
O enfermeiro, Júlio Cézar Moreira, explica que “hemodiálise é um procedimento realizado por uma máquina (rim artificial) que limpa e filtra o sangue, ou seja, faz o trabalho que o rim doente não pode fazer. Para que a função principal dos rins seja mantida, os pacientes dedicam quatro horas por dia em tratamento, durante três dias na semana, ligados a uma máquina que faz o papel do rim”.
 
Mas existem, além da hemodiálise, dois recursos terapêuticos, a diálise peritoneal e o transplante. Segundo a enfermeira, Fernanda Sabrina R. Almeida, a diálise peritoneal Ambulatorial contínua ou C. A. P. D., é um tratamento de diálise pela introdução de uma solução, de três a cinco vezes ao dia, na cavidade abdominal. A vantagem dele sobre a hemodiálise é que dá modalidade ao paciente de trabalhar, passear, estudar ou fazer qualquer atividade, pois é realizada fora do hospital. 
 
Apesar do transplante não garantir a cura, é um recurso para quem tem complicações renais. A coordenadora de enfermagem da Hemodiálise, Juliana Lilian Gonçalves Ferreira, explica que neste caso, o paciente é colocado em uma lista única de espera no MG-Transplantes. Durante o período de espera, o paciente permanece acessível à equipe de transplante, seguindo a dieta orientada, com o uso correto das medicações, aderindo às sessões de hemodiálise e mantendo o equilíbrio emocional. O transplante renal é realizado em Belo Horizonte. Após o transplante, o paciente deve continuar realizando acompanhamento com o nefrologista.
 
O hospital oferece ao paciente em diálise, hoje, um acompanhamento multi-profissional com psicólogo, nutricionista e assistente social. Eles falam sobre a função que desempenham no setor.  
 
Serviço de Psicologia oferece, de acordo com a psicóloga, Marina Arriel Ribeiro, espaço para o paciente expressar seus afetos, respeitando o tempo de cada um e a sua individualidade. As principais motivações do psicólogo da Hemodiálise são: a adesão ao tratamento; a reestruturação psíquica (do medo, ansiedade, etc); o acolhimento ao paciente e a sua família; a desmistificação de tabus e preconceitos; a adaptação ao tratamento, a reabilitação social (lazer, trabalho e convívio social) e emocional do paciente (resgate da autonomia, da auto-estima e motivação).
 
A assistente social da Hemodiálise, Rosa Cristina Fontes, atende a pacientes e familiares incentivando na promoção das condições favoráveis ao tratamento, conscientiza a família sobre a doença e o tratamento, informa quanto aos direitos previdenciários, interpreta e repassa à equipe os problemas sociais dos pacientes para orientação.
O papel da nutricionista da Hemodiálise é o acompanhamento nutricional dos pacientes que já se apresentam desnutridos, controlar o edema (inchaço), controlar o cálcio, potássio, sódio e fósforo do sangue além de orientar os pacientes e familiares quanto à preparação de uma dieta saborosa, de acordo com as restrições da doença, explica a coordenadora de Nutrição, Patrícia Guerra.

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