A confirmação do acesso cruzeirense não poderia ser mais simbólica
Raposa venceu o Vasco nesta quarta-feira por 3 a 0
O Cruzeiro voltou à Série A. Ok, isso já era sabido por todos há algum tempo, mas a confirmação matemática só veio nesta quarta-feira (21), e não poderia ser mais simbólica. Como tem feito durante a temporada inteira, a Raposa sobrou pra cima do Vasco. Mesmo sem criar um enorme volume de chances, fez 3 a 0 sem deixar o adversário respirar. Assine SKY Empresas para assistir a todos os jogos do Cruzeiro!
E outros placares elásticos como esse poderiam ter sido mais recorrentes no ano, dada a superioridade frente aos outros clubes da Série B. Mas a limitação técnica do elenco pesava, e mesmo quando era dominante, o time comandado por Paulo Pezzolano conquistava vitórias magras. Diferente desta quarta-feira.
A contribuição do goleiro Thiago Rodrigues é inegável. Lento e com pouco poder de reação, o arqueiro vascaíno falhou clamorosamente no primeiro gol e poderia ter feito algo melhor no terceiro. Mas isso não apaga o quanto o Cruzeiro amassou o Vasco. Como se acostumou a ser desde o primeiro jogo de Papa Pezzolano, uma vitória por 3 a 0 contra a URT pelo Campeonato Mineiro, o clube celeste brigou por cada bola, sufocou durante os 90 minutos e transformou Rafael Cabral em um mero coadjuvante.
Com recursos escassos e, consequentemente, uma equipe pouco brilhante do ponto de vista técnico, o Cruzeiro sobra na Série B por jogar em uma rotação muito diferente dos demais 19 times. Será curioso ver esta mesma filosofia de jogo em 2023, quando contará com jogadores melhores e estará inserido em um campeonato de alto nível.
Mas até lá há um longo caminho a ser percorrido. Obviamente, muitos do atual elenco não farão parte dos planos, enquanto outros poderão assumir um papel menos protagonista dentro do grupo. O que tranquiliza o torcedor é que há um trabalho sendo muito bem feito. O Cruzeiro possui uma comissão técnica moderna, integrada e profissional. Acima deles, há uma gestão responsável e sem oba-oba.
Essa combinação de fatores não fará da Raposa uma máquina na Série A, mas pavimenta um retorno que promete ser muito mais tranquilo do que seria há um ou dois anos. O Cruzeiro volta à primeira divisão para ficar. Até porque este é o seu habitat natural.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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