A tragédia que ora ocorre em São Paulo é diferente, mas nos remete a pensar no nordeste brasileiro, onde o desastre humanitário é perene
Como nordestino, Lula deveria ter um olhar diferenciado para aquela região, a sua região, incentivando que pequenas e médias indústrias se instalem ali, gerando emprego e renda
A grande mídia brasileira, ultimamente com os olhos vendados, tal qual a estatueta que representa a “justiça” do nosso país, ignorando a ausência do Estado nos demais membros da federação, dá grande destaque ao voo do Lula (me nego a chamá-lo de presidente; pelo menos assim não o considero, não foi escolha do povo, foi dos deputados, senadores e, principalmente, da Corte Suprema) sobre o litoral norte de São Paulo, onde centenas (ou milhares) de pessoas estão desabrigadas e mais de 46 perderam a vida, até o momento. Há, ainda, um grande número de desaparecidos até esta data.
Certo que ele demonstre preocupação com esse pesadelo por que passam as cidades daquele litoral, mas, penso eu, se tivéssemos sensibilidade humana e de unidade nacional, o carnaval por todo o Brasil deveria ser suspenso. Não é justo ver famílias que choram seus mortos, desaparecidos e suas perdas materiais enquanto, paralelo, e indiferentes dessa dor, foliões pulam e brincam como se tudo estivesse bem com toda a nação. Nada está bem! Estamos às portas de um socialismo/comunismo que, se comparado com os demais países onde essas ideologias são predominantes, logo, logo, os que fizeram o L, vão se arrepender amargamente desse gesto maldito.
Esse camarada, condenado em três instâncias federais superiores, foi libertado por uma decisão solo do ministro Edson Fachin, notório esquerdista (basta procurar no You Tube sobre sua vida pregressa), e depois, em comum, quase todos os membros do STF o deixaram apto a “disputar” a eleição, mas já sabíamos que a sua “vitória” estava previamente decidida.
Tão logo Lula assumiu o comando da nação, curiosamente a transposição do Rio São Francisco deixou de ser feita e o canal que o Bolsonaro reparou (a parte deixada de lado pelo PT) e que concluiu, levando água ao árido nordestino, agora dá lugar aos antigos caminhões pipa.
Duas perguntas não podem deixar de serem feitas: Por que o Lula cortou a água corrente do canal que mitigava as durezas da vida no agreste nordestino?
A quem ele estaria beneficiando com essa atitude?
Suposição minha: provavelmente algum amigo dono de frota de caminhões pipa!
Como nordestino, Lula deveria ter um olhar diferenciado para aquela região, a sua região, incentivando que pequenas e médias indústrias se instalem ali, gerando emprego e renda a essa população pobre; mas é mais interessante que essa população vire gado e se acostume aos tapinhas nas costas, às promessas que jamais serão cumpridas, à oferta de materiais de construção, a pacotes de arroz e feijão, que deixam de serem fornecidos quando eleitos pela manada.
É de bom alvitre lembrar que não se pode acreditar nesse governo e repetir o desastre emocional e econômico na população, na tentativa fracassada de implantação da Refinaria Abreu e Lima, hoje deteriorando ao sol escaldante do sertão nordestino, totalmente abandonada!
Dar suporte à educação local, dotando as escolas de bons e dedicados profissionais e alimentação digna às crianças que as frequentam, e que, em geral, só se alimentam quando frequentam esse ambiente educacional. Imaginem o que ingerem aos sábados, domingos e feriados, quando não há aulas.
Será que dividem os cactos espinhentos que servem de ração aos animais?
Será que se alimentam ingerindo um caldinho de fubá, de macaxeira (mandioca), sob o líquido insalubre retirado dos açudes e onde também os animais matam a sede?
Deus os mantém vivos, mas pensar num futuro digno, atingir um posto de destaque é algo impensável, diante da circunstância, diante da situação de desnutrição e de ensino de qualidade questionável, em sua maioria.
Lula ponha mãos à obra junto do seu bando em prol de um país inteiro e melhor, mas não se esqueça da sua origem.
Não me sai da cabeça uma reportagem num antigo veículo de informação do Brasil, que narrava a triste sina de uma família do agreste pernambucano assando ratos para se alimentar.
Esse, definitivamente, não é o país que queremos! Uma singela sugestão ao seu staff de ministros: as centenas de Organizações não Governamentais (Ongs) hoje estacionadas na Amazônia, explorando o rico solo, fauna e flora locais, se esquecendo de suas principais funções, zelar de uma melhor condição de vida aos necessitados; mande as para o nordeste. É lá, naquela aridez e na ausência da água farta, que a população realmente precisa de ajuda!