Advogado é acusado de matar a ex-namorada ao jogá-la de prédio em BH

A mulher mantinha um namoro com o homem e, segundo as investigações, a relação era cercada por frequentes agressões físicas e verbais

Advogado é acusado de matar a ex-namorada ao jogá-la de prédio em BH
(Foto: Reprodução/Rede social)

No dia 8 de junho de 2022, a advogada Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, à época com 40 anos, morreu após cair do 8º andar de um apartamento no bairro São Bento, na região centro-sul de Belo Horizonte. O caso era apontado como suicídio, no entanto, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denuncia Raul Rodrigues Costa Lages, que também é advogado, pela morte da vítima.

A mulher mantinha um namoro com o advogado à época dos fatos que, segundo as investigações, era cercado por frequentes agressões físicas e verbais praticadas pelo homem, além de diversas rupturas e retornos.

Segundo o MPMG, “o crime foi cometido por motivo torpe, tendo em vista o sentimento de posse demonstrado pelo denunciado em relação à vítima, visto o inconformismo com a possibilidade de fim do relacionamento. Além disso, a morte de C.P. ocorreu mediante recurso que dificultou a defesa dela, pois atacada pelo denunciado e estando desacordada, foi arremessada da varanda do apartamento onde morava, sem qualquer possibilidade de reação”.

Relembre o caso

Conforme inquérito policial, no dia 8 de junho de 2022, por volta das 23h, na rua Professor José Renault, no bairro São Bento, o denunciado, agrediu a vítima e a jogou do 8º andar do edifício José de Alencar.

O inquérito relata que na noite do crime ocorreu uma discussão entre os dois, com arremessos de objetos e o advogado agrediu a vítima. “Estando a vítima desacordada, visto que não foram constatados em seu corpo sinais de defesa, o denunciado passa a limpar alguns cômodos e coloca roupas de cama para lavagem, vindo, posteriormente, a cortar a tela de proteção da janela da varanda da sala e lançar (a vítima) do 8ª andar do mencionado edifício, causando sua morte”, relata a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais.

De acordo com a Polícia Civil, um dos vizinhos, ao ouvir o barulho do corpo da vítima caindo ao solo, interfonou ao porteiro para informar sobre a situação. O porteiro então foi até a área de lazer do condomínio e viu o corpo da mulher caído ao solo.

Ainda de acordo com a denúncia, “o assassinato de Carolina da Cunha Pereira França Magalhães foi cometido contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino, em cenário de violência doméstica e familiar, permeada por violência física e psicológica à vítima, as quais foram materializadas pela ação delitiva levada a cabo pelo denunciado”.