Agressão sofrida por marqueteiro de Nunes causou descolamento de retina
A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, tem demonstrado preocupação com o processo eleitoral paulistano
Após Pablo Marçal (PRTB) desrespeitar as regras do debate do Flow News, na segunda-feira (23), e sua consequente expulsão, seu assessor, Nahuel Medina, desferiu um soco no olho do marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, provocando um corte no supercílio, sendo encaminhado ao Hospital Albert Einstein, onde levou seis pontos no local.
Na terça-feira (24), Duda Lima passou por uma consulta com um oftalmologista, quando se constatou o descolamento de retina do olho atingido. Segundo o staff de campanha, o marqueteiro terá que fazer tratamento, que não foi especificado.
Também na terça-feira, Duda Lima passou por exame de corpo de delito e registrou um boletim de ocorrência contra Nahuel Medina.
Na delegacia, o publicitário disse ter sido empurrado pelo assessor e Marçal mesmo antes de começar o debate e, no estúdio, teria usado as mãos para afastar o celular que Medina utilizava para filmá-lo, quando foi surpreendido com o soco no olho.
O assessor de Marçal alegou legítima defesa e publicou em redes sociais uma foto de sua mão e região do pescoço supostamente agredidos. “Eu só me defendi instintivamente”. Ao sair da delegacia, Medina argumentou que “Lima teria agredido verbalmente a Marçal durante o debate e tentou passar um código a Nunes, quando começou a filmar para mostrar como eles agem pelas costas, como eles criam toda essa narrativa e manipulam tudo”.
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifestou nesta terça-feira (24) e disse que “o aumento das agressões físicas praticadas durante o processo eleitoral são uma demonstração de ensurdecedor retrocesso civilizatório e não serão tolerados pela Justiça Eleitoral. Política não é violência, é a superação da violência. Violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, senão que ofende toda a sociedade e a democracia”.
A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça que proíba Medina de se aproximar do agredido, e a delegada Eliane Tomé Paro Bellagamba da 16° DP solicitou que solicitou que o assessor de Marçal fique a pelo menos 300 metros de distância de Duda Lima, além de manter qualquer tipo de contato, por meio direto ou indireto, incluindo comunicação por terceiros ou por via eletrônica, proibição de frequentar os mesmos locais.