“Águas de Itabira” impactará projeto de captação do Rio Tanque, diz secretário
Ação da SMMA obteve 84 inscrições em seu primeiro edital
Na manhã desta quinta-feira (9), na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) de Itabira, foi realizada uma entrevista coletiva sobre o Águas de Itabira. O projeto será iniciado neste ano e é uma espécie de reformulação do “Preservar para crescer”, criado na gestão Damon Lázaro de Sena. Seu objetivo é bonificar proprietários de terra que assumirem o compromisso de cuidar e preservar o meio ambiente. Segundo a pasta, 84 propriedades rurais foram inscritas na primeira fase da iniciativa, que você pode conhecer melhor clicando aqui.
Em entrevista à DeFato, o secretário municipal de Meio Ambiente, Denes Lott, enfatiza que um dos focos é fortalecer os cursos d’água presentes na região.
“O Águas de Itabira, assim como o projeto anterior, é um projeto de pagamento de serviços ambientais. Essa é a metodologia que segue a Lei Federal e visa remunerar os roceiros e proprietários rurais que estão preservando suas matas, gerando aumento de vazão de água das suas propriedades para os demais cursos d’água e aumentando, assim, a disponibilidade de recursos hídricos para toda a sociedade”, explica.
Um dos problemas crônicos do município, há décadas, é a crise hídrica. Vários bairros da cidade sofrem, recorrentemente, com a falta d’água, principalmente em períodos de estiagem. Segundo o secretário, o Águas de Itabira poderá contribuir com um avanço deste cenário, já que todos os envolvidos possuem moradia na bacia do Rio Tanque, foco do projeto de captação de água conduzido pela Vale.
“O projeto Águas de Itabira tem foco específico na região da bacia do Rio Tanque. Todos os proprietários presentes aqui hoje tem propriedades no Rio Tanque, que é justamente o local onde está sendo implementada – e dentro de um ano e meio estará funcionando – a nova captação de água para Itabira. É algo que precisamos ter um olhar muito especial e carinhoso para proteger e aumentar o afluxo de água daquele manancial”, detalha.
Investimento em estrutura
Outro benefício será voltado à infraestrutura das propriedades rurais inscritas no programa. Denes Lott explica o porquê. “Junto com o projeto, vai vir uma questão de habitação ambiental. Áreas que não estão reflorestadas, devidamente cercadas e protegidas receberão, agora, insumos como cerca, para-cerca, mudas, arrudas etc. É um projeto de longo prazo”.
Em abril deste ano, um novo edital, desta vez para o programa “Rio Vivo”, deverá ser lançado pela Prefeitura de Itabira. Esta ação, em específico, contemplará propriedades rurais da região do Rio Piracicaba. Os projetos são realizados com recursos do Fundo Especial para Gestão Ambiental (FEGA).