Ainda sem índice definido, PLR 2019 será paga em 1° de março
Em 1º de março de 2019 os funcionários receberam a maior PLR da história, equivalente a 6,88 salários
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) anunciou nesta terça-feira (7) que a Vale vai pagar no dia 1° de março a Participação dos Lucros e Resultados (PLR) referente ao ano de 2019. O gatilho que fomenta o cálculo para o Ebdita, foi atingido. Contudo, o índice ainda não foi definido.
“Ainda não há previsão de valores devido ao fechamento e relatório anual do mercado bem como a análise do painel de metas que define várias questões regionais e locais das unidades da empresa”, informou o Metabase.
Em 1º de março de 2019 os funcionários receberam a maior PLR da história, equivalente a 6,88 salários. Na época, a Vale iniciou um discurso de PLR mínima, de pagar o menor valor possível, ou pior, de nem ter PLR, como foi em 2015, o que não foi aceito pelo sindicato.
Nesta terça-feira (7), o Metabase começou a negociar com a Vale detalhes mais concretos para a base de cálculo da PLR a ser paga aos funcionários em 2020. As conversas tiveram início ainda em 2019. A reunião aconteceu na sede do sindicato, com a presença de vários diretores da instituição e com o gerente de Infraestrutura de Mina da Vale, André Carmo, e o Relações Trabalhistas da empresa, Divino Andrade.
De acordo com o presidente do Metabase, André Viana, a Vale anunciou que vai descontar o restante de meio salário que ela emprestou aos trabalhadores em 2015, o que foi lamentado pelo sindicalista. “Itabira foi a única unidade em Minas que não parou sua produção pós Brumadinho”, comentou.
Uma nova reunião sobre o tema está pré-agendada para o dia 14. O sindicato deve realizar uma assembleia ainda em janeiro para discutir o tema PLR.
PLR 2021
Uma possibilidade de mudança no modelo de PLR para o ano de 2021 também foi comentada. O Metabase sugeriu que os lucros da Vale sejam divididos por partes iguais entre todos, sem distinção de cargos e salários como é hoje. “É um absurdo uma empresa pagar R$ 60 milhões para um presidente, como pagou para Murilo Ferreira, em 2017, e querer agredir os funcionários que já são tão mal remunerados”, disparou André Viana.