Alexandre de Moraes na mira da oposição para possível impeachment

O pedido será apresentado a Rodrigo Pacheco em 9 de setembro

Alexandre de Moraes na mira da oposição para possível impeachment
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Senadores da oposição decidiram, nesta quarta-feira (14), se unir para coleta assinaturas na tentativa de um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido deverá ser apresentado no dia 9 de setembro ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, que decide ou não se leva à frente o andamento do processo, que vai contar também com a assinatura de cidadãos comuns.

No dia 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, e quando se encerra a coleta das assinaturas, devem ocorrer atos cívicos nas principais capitais do país contra o magistrado.

A iniciativa se deve ao senador Eduardo Girão (Novo-CE), logo após o jornal Folha de São Paulo publicar matéria em que registra conversas entre o gabinete do ministro Moraes e assessores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinando a produção de relatórios pela Justiça eleitoral que pudessem incrementar e incriminar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das fake news, que tramita na Corte, durante e depois das eleições de 2022.

Os líderes de oposição preferem ganhar tempo na coleta das assinaturas, acreditando que novas revelações contra o magistrado ainda possam surgir e encorpar as denúncias contra ele.
Esses mesmos líderes pretendem ter uma conversa com Rodrigo Pacheco para o possível avanço da petição.

O senador Flávio Bolsonaro acredita que “dessa vez, o presidente do Senado não tem outra opção, senão aceitar o processo”.

“Presidente Pacheco tem que ter uma posição institucional, sempre de equilíbrio. Mas se ele quer defender a democracia, acredito que ele tem elementos mais que suficientes para iniciar um processo de impeachment aqui”.

Na terça-feira (13), dia da publicação reveladora do Folha de São Paulo, o ministro Alexandre de Moraes emitiu uma nota enviada pela assessoria de imprensa do STF, afirmando que os procedimentos adotados foram “oficiais e regulares” e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

* Fonte: O Tempo