Algumas ideias e possíveis devaneios

Leia o novo texto do jornalista e colunista da DeFato, Alírio de Oliveira

Algumas ideias e possíveis devaneios
Congresso Nacional – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Gostaria de usar esse espaço para externar a minha decepção e indignação para com as autoridades constituídas do nosso país, do executivo, legislativo e judiciário, os “donos da verdade” aqueles que decidem o que podemos falar ou não na nossa “discreta” ditadura. Em meus tenros 14 anos (1964), lembro-me que a sociedade brasileira foi às ruas nas grandes capitais para protestar contra a tentativa da imposição do comunismo/socialismo no Brasil.

Não me esqueço das músicas de protesto elaboradas pelo Chico Buarque, Caetano, Vandré e outros de igual importância do nosso cancioneiro contra o regime militar que perdurou até 1986. Muitos denominaram de ditadura esse período da nossa história. Eu simplifico o termo, embora não seja a favor de atos abusivos contra qualquer ser vivente, a não ser os répteis nocivos, mas, não posso ignorar que diante da tentativa de implantar no país um regime nefasto, endossado pelos socialistas, pelos simpatizantes do Fidel Castro, Che Guevara, Lamarca, Marighela e outros do mesmo naipe, achei lícito que o intento fosse finalizado da forma como foi.

É muito fácil, para os idiotas de plantão e pouco informados, idolatrarem o Carlos Prestes, Fernando Gabeira, a Dilma Roussef, o Lula, o Genoíno, o José Dirceu, o Lamarca, o Marighela e outros pulhas da esquerda como heróis, para aqueles que não conhecem a verdadeira e nefasta história dessa ideologia que tentaram implantar por diversas vezes ao nosso país. À época, a Globo, por seu presidente, Roberto Marinho, pôs se ao lado do povo, conclamando e apoiando que a massa fosse às ruas numa manifestação pacífica. Hoje, decorridas algumas décadas, essa turba voltou ao poder, e o que vemos agora? 

O cerceamento à liberdade de expressão, o temor de toda a mídia, inclusive a que clamou pela volta desses, que agora se vê limitada em suas expressões, tomando todo cuidado em suas críticas, que têm que ser adocicadas para não ferirem o ego dos poderosos.

Os jornais, os sites, o blogs, os comentaristas, todos, sem exceção, têm que medir suas palavras sob pena de processo ou prisão; mas, pode-se criticar à vontade o Bolsonaro e seus aliados sem qualquer temor. Não se pode fazer qualquer comentário contrário aos impostos no Planalto (colocados de forma questionável para muitos no poder). O rei está posto e não dá margem a contradições. Ele, em sua majestade, acoberta toda a troupe e pune quem discordar de suas decisões.

Não tenho podido me manifestar livremente em minhas colunas, sob pena de ser processado e arrastar comigo o veículo que me abre as portas, por coparticipação.

Que país é esse?

Não estamos distantes politicamente dos regimes totalitários como na Venezuela, na Rússia, na Nicarágua, a Argentina quase lá, a Coréia do Norte, a China e outros. Quem tem olhos, vê!

Uma sugestão à Transita

Estive dia desses dentro de um coletivo da Transportes Cisne ao final de uma tarde, por volta das 18h, quando subíamos a Rua Juca Machado, sentido ao bairro Praia. O trânsito era intenso e, veículos que passavam pela Avenida Duque de Caxias, sentido ao Alto Pereira, não davam espaço para que os que subiam a Juca Machado pudessem prosseguir seu trajeto. À frente do ônibus, alguns veículos, atrás, uma dezena de carros menores e outros ônibus tentando alcançar o objetivo.

Confesso que me deu calafrio imaginar que o coletivo, lotado como estava, pudesse, por alguma imperícia do condutor ao tentar arrancar em pleno morro, voltasse arrastando dezenas de veículos menores que estavam atrás dele. Seria um desastre absurdamente horrível e que poderia ter sido evitado, mudando-se o trajeto dos veículos pesados para a Rua Cesário Alvim, contornando o viaduto do Alto Pereira e prosseguindo na Rua Tenente Antônio Camilo, descendo a Av. Duque de Caxias no sentido Aposvale e prosseguindo ao seu destino.

É um procedimento simples (só depende de vontade estratégica ou política) que pode prevenir algo mais grave. Há um ponto de ônibus bem próximo à clínica INAL, o que não dificulta em nada o embarque dos passageiros. Na oportunidade, que tal a Transita observar a Av. Duque de Caxias à altura da Acita, CDL, onde o trânsito é um caos todos os dias, a toda hora, com carros e ônibus estacionados em ambos os lados. O mesmo se aplica à Rua João Camilo de Oliveira Torres, em especial após a rotatória, próxima ao salão do Rogério Rastafari. Há sempre carros estacionados dos dois lados e impedem o trânsito simultâneo de veículos em sentidos opostos.

A realidade da nossa população sem educação

Consegui junto à Itaurb, numa deferência do seu diretor-presidente, a colocação de duas lixeiras na esquina das ruas João Camilo de Oliveira Torres com a Vila Rica, onde moro, para sanar o problema de lixo postado no passeio por moradores próximos, provocando que atrapalhem o trânsito de pedestres e evitando que cães vadios estourem as sacolas. No entanto, a má educação dos moradores se fez prevalecer e, o que poderia se tornar uma solução, virou um problema para a moradora do imóvel vizinho, quando até animais mortos estavam sendo colocados dentro das sacolas de lixo.

Diante do fato, com o odor do lixo e moscas invadindo a residência, a pedido dessa moradora, as lixeiras foram retiradas nesta semana, conforme o diretor-presidente da Itaurb. 

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

*** O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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