Aliados de Bolsonaro se mobilizam após prisão de Braga Netto
Braga Netto está detido em um aposento na sede da primeira divisão do exército, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
Com a prisão do general Braga Netto no sábado (14) pela manhã, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) especulam a possível reação do militar ao assédio judicial.
Braga Netto está detido em um aposento na sede da primeira divisão do exército, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por obstrução da Justiça e suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Segundo investigação da PF (Polícia Federal), o general da reserva estaria pressionando o general Lourena Cid a obter detalhes da colaboração premiada de Mauro Cid, seu ex- ajudante de ordens.
Braga Netto se tornou o primeiro general quatro estrelas do Exército Brasileiro a ser preso em processo na justiça comum.
Pesa sobre ele a suspeita de que teria liderado a trama para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Os investigadores afirmam que o general seria um dos beneficiários da suposta tentativa de golpe.
Os investigadores analisam os documentos apreendidos em sua casa, no Rio de Janeiro e em seu escritório, na sede do Partido Liberal, em Brasília. Braga Netto é um dos diretores da legenda.
Também o assessor do general, o coronel da reserva Flávio Peregrino teve aparelhos eletrônicos apreendidos.
Militares da ativa apostam que o material apreendido servirá de pretexto para novas operações da Polícia Federal.
Acredita-se que a relação de Braga Netto com os militares de alta patente na ativa estivesse melindrada, em face da campanha de difamação promovida por Netto contra os integrantes do Alto Comando que não aderiram ao seu plano.