Alvo de discussões, Bolsa Atleta é aprovado em primeiro turno na Câmara

Alguns vereadores desejavam valor maior ao Bolsa Técnico, mas apelos não funcionaram

Alvo de discussões, Bolsa Atleta é aprovado em primeiro turno na Câmara
O Ginásio Poliesportivo, em Itabira. Foto: DeFato
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O projeto de lei (PL) 90/2023, que institui o programa Bolsa Atleta em Itabira, finalmente começou a ser votado na Câmara. Na reunião ordinária desta terça-feira (19), a proposta foi aprovada em primeiro turno, por unanimidade, pelos vereadores. Embora elogiado por praticamente todos os parlamentares, o PL foi alvo de discussões nas últimas semanas, já que parte da Casa desejava um valor maior que os R$ 900 destinados ao Bolsa Técnico, algo não atendido pela Prefeitura. Entenda o imbróglio clicando aqui.

Na semana passada, diante do impasse, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) pediu vista ao projeto. Porém, o próprio petebista incluiu a proposta na pauta desta terça-feira. Embora discorde do repasse feito aos treinadores, o presidente da Câmara entende que deixar de votar o Bolsa Atleta poderia prejudicar os esportistas da cidade.

“Eu queria justificar meu pedido de vista na semana passada. Porque, na verdade, nesse projeto de 2014 o Bolsa Atleta era para o aluno de até 14 anos com o valor de R$300. E agora, em 2023, passou para R$ 350. E também tem a situação do aluno de 14 a 18 anos que recebe R$ 600 e de 18 em diante de R$ 1.320. E o técnico recebe apenas R$ 900. No meu pensamento, estava havendo injustiça com o técnico, porque geralmente ele é o motivador do atleta e trabalha com mais pessoas. Então, para mim, ele receber menos que o atleta não era justo. Mas se o projeto voltasse lá (na Prefeitura), ia demorar muito, poderia atrasar o andamento de vários jogos que estão vindo. Eles conversaram comigo e mandaram o mesmo projeto para que os atletas não fossem prejudicados, por isso incluí o projeto em pauta novamente”, afirma.

Como mencionado por Heraldo, Itabira já possuía um programa Bolsa Atleta, elaborado em 2014 pelo vereador Solimar Silva e sancionado por Damon Lázaro de Sena. Além de fazer esta ponderação, Luciano Sobrinho (MDB) pontuou que “não há nada de novo” no PL 90/2023.

“Só para fazer justiça, é um projeto que já tramitou nesta Casa no passado, não dessa forma que está sendo hoje. Mas temos uma Lei 4.695, de 10 de junho de 2014, que institui o programa Bolsa Atleta e dá outras providências. Então temos que fazer justiça a um vereador que, inclusive, já foi presidente desta Casa, o Solimar. Não tem nada de novo nesse projeto, como muitos falam por aí”.

Para Júlio do Combem (PP), no entanto, o que há de novo são as expectativas em relação ao funcionamento do projeto deste ano. “Precisamos profissionalizar nossos atletas e criar condições para que eles possam realmente crescer dentro do cenário estadual, nacional e com certeza mundial. É o que a gente espera a partir de uma PL como essa, que tem alguns contrastes, algumas pessoas discordam disso ou daquilo, mas é uma iniciativa que acho fundamental”.