Anglo American quer licença de operação para fase 3 do Minas-Rio até junho do ano que vem
A mineradora já obteve as licenças prévia (LP) e de instalação (LI) para a chamada fase três do projeto, mas resta a licença de operação (LO), que é a autorização para fazer funcionar a mina em sua capacidade final
Ainda concentrada em resolver o problema do mineroduto que liga Conceição do Mato Dentro ao Rio de Janeiro, a Anglo American não deixa de lado o processo de expansão do Minas-Rio. A mineradora já obteve as licenças prévia (LP) e de instalação (LI) para a chamada fase três do projeto, mas resta a licença de operação (LO), que é a autorização para fazer funcionar a mina em sua capacidade final. E a mineradora espera obter este documento até o terceiro trimestre de 2019.
A informação foi passada pelo presidente da Anglo American no Brasil, Ruben Fernandes, à Reuters. Segundo o CEO da empresa, os contratempos com o mineroduto não atrapalham a obtenção da licença pendente.
“São processos independentes. O mineroduto é licenciado pelo Ibama, uma licença independente das licenças da mina e da planta”, comentou.
O executivo comentou ainda que a Anglo American deve finalizar nesta semana o procedimento de inspeção dos 529 quilômetros do mineroduto. De acordo com Ruben Fernandes, foram feitas 48 passagens do equipamento verificador dentro da tubulação para garantir que novos vazamentos não aconteçam.
A expectativa da empresa é de que as operações da mina em Conceição do Mato Dentro, suspensas desde março deste ano, sejam retomadas no último trimestre deste ano. Mesmo com todos os contratempos, a direção da Anglo American está confiante de que o Minas-Rio atingirá a meta de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro em 2020. Antes do vazamento, a produção era de 17 milhões de toneladas.
“Conseguimos a licença prévia e a licença de instalação em janeiro, o que permitiu iniciar as obras… Isso acontece ao longo deste ano e no segundo trimestre do ano que vem (devemos ter) a licença operacional da mina, daí a gente terá minério disponível para chegar aos 26,5 milhões de toneladas”, indicou Ruben Fernandes.
O pedido de licença operacional da mina deve ser submetido neste segundo semestre de 2018. Para a expansão do projeto, estão previstos investimentos de R$ 1 bilhão.
(Com informações de Exame)