AngloGold Ashanti deve doar área da Serra do Gandarela para ICMBio

Atualmente, área da Serra do Gandarela com pelo menos 300 hectares pertence à mineradora e está sem regularização fundiária

AngloGold Ashanti deve doar área da Serra do Gandarela para ICMBio
Serra do Gandarela abrange os municípios Barão de Cocais, Caeté, Itabirito, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara e abastece RMBH. Foto: Divulgação/MPMG

Após ter assinado um Termo de Compromisso proposto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a empresa AngloGold Ashanti deve doar uma área da Serra do Gandarela para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O local tem uma extensão mínima de 300 hectares e contém mata nativa.

Segundo o termo, a regularização fundiária da área está pendente. A escritura para essa doação deve ser feita em até um mês após a emissão da matrícula. Ainda, o MPMG requer à AngloGold Ashanti um cronograma que informe as etapas da regularização a cada seis meses. Além disso, o processo deve ser concluído em até três anos.

Com abrangência nos municípios Barão de Cocais, Caeté, Itabirito, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara, a Serra do Gandarela ainda tem uma importância hídrica para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Atualmente, é uma das principais fontes de abastecimento de água para a RMBH.

Mineração no Gandarela

Recentemente, outra mineradora recebeu recomendações para a preservação do local. O Ministério Público Federal (MPF) fez indicações à mineradora Vale e à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) para a proteção de cavidades naturais em Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo. As cavernas estão localizadas na Mina do Brucutu.

A Vale ainda planeja outro empreendimento minerário na Serra do Gandarela. O projeto Apolo já recebeu 60 mil assinaturas contrárias em um abaixo-assinado e foi tema de discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.