Apesar de alerta médico, PGR se manifesta contrário à prisão domiciliar a participante do 8/1
A defesa alega que o “condenado encontra-se em estado de saúde debilitado, acometido por hipertensão arterial grave

A Procuradoria-Geral da União (PGR) se manifestou nesta segunda-feira (14) contra o pedido de prisão domiciliar da defesa do pastor Jorge Luiz dos Santos (59), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos de cadeia pela participação nas manifestações do 8 de janeiro, em Brasília.
Apesar dos laudos médicos indicarem preocupação com a saúde do pastor, portador de problemas cardíacos que requerem maior atenção, a PGR se mostra irredutível e alega que o “STF determinou o início da pena em regime fechado. Assim, não é possível a execução da pena domiciliar, devendo o sentenciado permanecer recolhido em estabelecimento prisional”.
A defesa alega que o “condenado encontra-se em estado de saúde debilitado, acometido por hipertensão arterial grave, com sopro nível seis. Os relatórios anexados pela Seape-DF, no entanto, não alertaram a impossibilidade de acompanhamento médico na unidade prisional”.
O laudo foi assinado pelo médico-legista Marcos de Melo, e obtido em primeira mão por Oeste, recomendando que Santos se submeta a cirurgia devido ao problema, além de passar o resguardo em casa.
“O paciente apresenta uma condição cardíaca que requer monitoramento e intervenção cirúrgica para correção da válvula mitral, dada a gravidada da insuficiência mitral. Sendo realizada a cirurgia cardíaca, o ambiente prisional não é adequado para o período de recuperação, pelos cuidados contínuos e riscos de complicações pós-cirúrgicas, como infecção. Após o período de recuperação, é recomendada nova perícia para avaliar a condição remanescente do periciando”.