Apesar de Felipão, Atlético chega à final do Mineiro

Classificação obedece muito mais à ordem natural das coisas do que uma questão de merecimento

Apesar de Felipão, Atlético chega à final do Mineiro
Foto: Pedro Souza/Atlético

Pela 18ª vez consecutiva, o Atlético disputará as finais do Campeonato Mineiro. A classificação veio de forma suada, contra o América, neste domingo (17), em mais um jogo muito fraco do time comandado por Luiz Felipe Scolari.

Inícios de temporada costumam ser marcados pela instabilidade. Mas a situação do Atlético preocupa. Estamos falando de uma equipe que manteve sua base do ano passado e ainda trouxe um reforço de alto nível, o meia Gustavo Scarpa. Ainda assim, a involução é notória, e pior: nem um pouco surpreendente.

Felipão é um técnico superado. Não pela idade, mas por sua forma de enxergar o jogo. Há muito tempo o treinador pentacampeão mundial não se preocupa em aplicar o que há de novo no futebol, recorrendo a artifícios antigos do esporte que evolui diariamente. 

Com peças do nível de Guilherme Arana, Zaracho, Paulinho, Scarpa e Hulk, o Atlético aposta o tempo todo em bolas longas, cera e faltinhas que minam a partida. Muito pouco para um time desse patamar.

E aí você, caro leitor, me pergunta: por que, apesar disso, o Galo continua competitivo? A resposta é óbvia: pelos jogadores que tem. Especialmente Hulk.

Porém, não é sempre que o atacante e ídolo atleticano entregará seu máximo, e o jogo de ontem foi uma prova. E é geralmente nestes dias que o time expõe todas as suas falhas. Sem a inspiração de Hulk, o Atlético se torna uma equipe burocrática, frágil e limitada.

Ainda assim, em um campeonato de nível fraco, o Galo chega à final. Cercado de dúvidas e desconfianças, mas com uma certeza: será necessário jogar o que ainda não jogou no ano para levantar o troféu do estadual.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

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