Após ano marcado por denúncias, vereadores de Itabira entram em recesso

Atividades legislativas retornam em fevereiro, após 45 dias de folga

Após ano marcado por denúncias, vereadores de Itabira entram em recesso
Dia 4 de fevereiro acontece a primeira reunião de 2020 – Foto: Thamires Lopes/DeFato
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A Câmara Municipal de Itabira realizou nesta sexta-feira (20) a última reunião de 2019. Ao todo, foram realizadas 46 reuniões ordinárias, sete extraordinárias e aprovados centenas de projetos. Os vereadores iniciaram o recesso parlamentar e, preveem, para o dia 4 de fevereiro de 2020, o retorno das atividades. 

De 5 de fevereiro até este mês de dezembro, a Câmara de Itabira discutiu 160 projetos, sendo aprovados 76 projetos de lei e 18 de resolução. Os campeões em apresentação de matérias foram André Viana (Podemos) e Reinaldo Lacerda (PHS). Foram apresentadas ainda 497 indicações e 142 requerimentos.

O ano de 2019 foi marcado por assuntos polêmicos, como a “rachadinha”, e até mesmo prisões do vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” (PMN) e do então diretor administrativo da Câmara, Aílton Francisco de Moraes, o “pastor”. Outro vereador, Agnaldo Vieira Gomes “Enfermeiro” (PRTB), é considerado foragido da Justiça desde 12 de julho.

O vereador Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) fez um balanço sobre o seu primeiro ano de mandato como presidente da Câmara. Segundo ele, seu principal desafio foi “gerir a Casa Legislativa com pulso firme para manter as despesas dentro do orçamento, sem prejudicar o andamento dos trabalhos legislativos”.

A extinção de 48 cargos comissionados, conforme recomendação do Ministério Público, foi um dos assuntos mais repercutidos. O impacto financeiro referente aos cargos que serão extintos será de aproximadamente R$ 1,9 milhões por ano. Itabira tem 17 vereadores e cada um tem direito a quatro servidores comissionados. Cada um vai perder dois funcionários: uma secretária e um assessor parlamentar. Um concurso público criando 15 vagas será proposto em 2020.

A demissão de 160 rondantes da Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb) também gerou discursos inflamados, manifestações e discussões intensas. A presença da Polícia Militar chegou a ser solicitada em algumas reuniões. A Justiça do Trabalho de Itabira determinou que os vigias demitidos sejam reintegrados imediatamente as suas funções. A Itaurb recorreu da decisão liminar.