Após entrar em nível máximo de emergência, barragem na Grande BH é descaracterizada

A barragem teve seus 3,3 milhões de metros cúbicos de rejeito removidos

Após entrar em nível máximo de emergência, barragem na Grande BH é descaracterizada
(Foto: Divulgação/Vale)

A Vale informou nessa segunda-feira (13) que concluiu, neste mês de maio, as obras de descaracterização da barragem B3/B4, da Mina de Mar Azul, na comunidade de Macacos, em Nova Lima. A barragem, na Grande BH, foi classificada com o nível máximo de emergência em 2019, quando mais de 100 famílias precisaram deixar suas casas preventivamente.

Além da descaracterização da barragem de Macacos, a Vale firmou acordo, em dezembro de 2022, no valor de R$ 500 milhões para ações de reparação no distrito, “tendo como foco transferência de renda, requalificação do comércio e turismo e fortalecimento do serviço público municipal, além de demandas das comunidades atingidas”. O acordo foi firmado em audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com a participação do Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública do Estado, Município de Nova Lima e Ministério Público Federal.

Quase todo o processo de remoção de rejeitos da B3/B4, principal etapa do processo de descaracterização, foi realizado por equipamentos operados remotamente.

“No processo de descaracterização, utilizamos em larga escala equipamentos não tripulados controlados por um centro de operações localizado a cerca de 15 quilômetros da barragem, resultando na remoção de um volume de rejeitos de 3,3 milhões de metros cúbicos. Essa estratégia operacional inovadora foi essencial para eliminar a presença de trabalhadores na barragem até que as condições de segurança adequadas fossem alcançadas”, informou Alexandre Pereira, Vice-Presidente Executivo de Projetos da Vale.

Operações complementares

A B3/B4 ainda receberá obras complementares de reconformação do terreno, implantação de sistema de drenagem e revegetação, mas, com a conclusão da descaracterização, não existem mais riscos associados à barragem, que teve seus 3,3 milhões de metros cúbicos de rejeito removidos.

“A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso assumido pela Vale logo após o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, além de atender às legislações federal e estadual vigentes sobre segurança de barragens”, informou a mineradora.