Automedicação de pets sem a orientação do médico veterinário
A população de animais domésticos tem crescido cada vez mais em nosso país e consequentemente mais inseridos dentro das famílias
A humanização desses animais trouxe muitos benefícios como a valorização, bem estar e cuidados médicos. Mas junto a esses processos vieram também alguns malefícios. Há relatos diários, nas clínicas e hospitais veterinários, sobre cães que sofrem algum tipo de intoxicação por medicamentos oferecidos pelos proprietários, que desconhecem os efeitos e potenciais tóxicos.
Cuidar de um animal de estimação não é uma tarefa simples, principalmente naqueles momentos em que eles estão doentes. É nesse momento que muitos tutores tomam uma decisão precipitada, quando optam pela automedicação, ou seja, medicação sem prescrição de um médico veterinário. Para piorar a situação, na maioria das vezes, recorrem a medicamentos encontrados em casa para uso humano.
Estudos revelam que os medicamentos são a principal causa de intoxicações em cães e gatos no Brasil, superando os acidentes com animais peçonhentos, intoxicação por plantas, agrotóxicos, produtos de limpeza e pesticidas.
O uso indevido de medicamentos pode levar o animal a um quadro de intoxicação, mascarar os sinais clínicos de uma doença mais grave ou ainda piorar o estado clínico do animal, podendo, em determinados casos, levá-lo à morte. Não menos importante, a automedicação também pode levar ao desenvolvimento de resistência dos microrganismos aos medicamentos, sendo que a resistência aos antibióticos já é uma preocupação de saúde pública global.
Os animais possuem resposta farmacológica diferente dos seres humanos. É comum, na rotina clínica, casos de intoxicação, alergias ou reações adversas a determinados remédios que são inofensivos aos humanos ou a outras espécies animais. Os medicamentos mais frequentemente implicados em intoxicações em animais de companhia são os analgésicos, anti-inflamatórios, antiparasitários, tranquilizantes e antibióticos. Essas medicações possuem princípios ativos altamente nocivos para cães e gatos e além de intoxicar, podem levar a falência renal, ulcera gástrica, pancreatite e outros danos graves a saúde, alguns até mesmo irreversíveis.
É necessário conscientizar aos proprietários sobre esses riscos e enfatizar a importância do médico veterinário como único indivíduo habilitado para prescrever medicamentos, pois somente este profissional saberá informar corretamente o fármaco mais indicado para cada caso. Desse modo, poderá ser reduzida a incidência de casos de intoxicações que chegam nas clínicas veterinárias.
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