Barão de Cocais almeja um 2020 sem sustos após ano de tensão

Às voltas com problemas relacionados à barragem, cidade espera por dias melhores no ano que vem

Barão de Cocais almeja um 2020 sem sustos após ano de tensão
Foto: DeFato

O ano de 2019 foi daqueles para Barão de Cocais. Logo em fevereiro, a cidade se viu às voltas com o medo do rompimento da barragem Sul Superior, da Vale. Comunidades foram retiradas de suas casas e estão até hoje sem uma definição de quando poderão retornar. O que a população espera é que 2020 traga dias melhores e alguns fatos importantes poderão contribuir para essa nova era.

Tudo passa pelo desenrolar das movimentações da Vale em torno do descomissionamento da barragem em nível 3 de risco de rompimento.  Um muro gigante, erguido para conter os rejeitos em caso do pior cenário, será entregue ainda em dezembro. No ano que vem, as atenções se voltam para as ações do descomissionamento propriamente dito.

As ações da Vale na área da estrutura de rejeitos são listadas em três etapas, sendo estas: obras emergenciais para diminuição de danos em caso de colapso da barragem, descomissionamento dos rejeitos e retirada das estruturas emergenciais seguido do reflorestamento do local. A informação foi repassada pelo gerente de implantação de projetos, Rômulo Souto, durante a visita da imprensa às obras em outubro. O processo inteiro, até a sua última fase, deve ser concluído em 2027.

A estrutura está em risco iminente de rompimento desde o dia 22 de março. Desde então, a mineradora assumiu obras de emergência com o intuito de amenizar danos na cidade no caso de um possível colapso.

Economia

Paralelo às ações de segurança, a mineração também é fonte de maior arrecadação para Barão de Cocais. O município aguarda o desfecho das obras da segunda fase da mina de Brucutu, da Vale, que alcança a divisa com São Gonçalo do Rio Abaixo, e a expansão da mina do Baú, da MR Mineração, também prevista para acontecer em 2020.

Política

O cenário político para as eleições municipais, no que se diz respeito à Prefeitura, está indefinido. O atual prefeito, Décio Geraldo dos Santos (PV), seria o candidato natural à reeleição. No entanto, o atual chefe do Executivo afirma que não tem nada concreto sobre a decisão.

Segundo Décio, uma candidatura deve partir da população, não do pretenso candidato. “Acho precoce falar sobre. Vamos continuar trabalhando e ouvir a população também nesse sentido”, disse.

Caso Décio se candidate novamente, o cenário aponta que ele terá novamente dois ex-prefeitos como adversários: Geraldo Abade e Armando Verdolim. Os três, inclusive, se enfrentaram em 2016, sendo derrotados pelo atual prefeito. Décio foi eleito com 10.282 votos (56,23%), seguido por Abade, com 5.773 (31,57%) e Verdolim, com 2.232 votos (12,21%).

Outro nome que surgiu no cenário político da cidade é o do delegado chefe da 4ª Delegacia Regional da Polícia Civil em João Monlevade (4ª DRPC), Paulo Tavares. Muito conhecido na cidade, ele, porém, evita falar sobre o assunto.