Barragem em Congonhas não apresenta anomalias, diz ANM
Técnicos da Agência Nacional de Mineração fizeram fiscalização de emergência na estrutura após vazamento devido às fortes chuvas do fim-de-semana

Nesta segunda-feira (23), técnicos da Agência Nacional de Mineração (ANM) realizaram uma vistoria na Barragem do Josino, em Congonhas, após transbordamento de seus sedimentos devido às fortes chuvas do fim-de-semana. Foi constatado que a barragem não se rompeu e não houve incidência de galgamento.
Por volta das 16h da última sexta-feira (20), ocorreu uma tempestade, com cerca de 97 mm em 1,5 hora, que resultou no alcance do limite do reservatório da barragem (borda livre de 9 cm) e fez com que os materiais da barragem vazassem sobre a crista e pelo extravasor, lançando sedimentos de mineração a jusante.
De acordo com a ANM, o extravasor trabalhou em plena capacidade, mas não suportou o volume solicitado, onde o canal de desemboque do extravasor (sua descida) extravasou para as laterais, já fora do corpo da barragem.
“O talude de jusante da barragem encontra-se sem quaisquer anomalias. O material que chegou à BR-040 se trata de material que não conseguiu passar pelo canal que atravessa por baixo da rodovia, pois a vazão foi superior ao que ela comportou (localizada a jusante da barragem). Com isso, parte da água da chuva (somatório da água que passou pelos acessos da mineração, do extravasor da barragem e da própria lateral da BR-040) voltou para a estrada de acesso à mineração que, por sua vez, chegou à BR-040. Fizemos notificações e exigências à empresa”, explicou Luiz Paniago, gerente nacional de Segurança de Barragens de Mineração da ANM.