Bélgica vira no último lance e encara o Brasil na Copa

A equipe europeia jogou mal, mas lances de qualidade de Hazard, Chadli e Fellaini contribuíram para a vitória

Bélgica vira no último lance e encara o Brasil na Copa
Bélgica teve dificuldades para bater o Japão – Foto: Divulgação

A Bélgica venceu o Japão por 3 a 2 no último lance do jogo e vai enfrentar o Brasil na próxima sexta-feira, 6 de julho, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. A vitória veio em uma partida de recuperação na segunda metade do segundo tempo. Os japoneses fizeram 2 a 0 e impuseram muita velocidade contra a defesa dos belgas.

A equipe europeia jogou mal, mas lances de qualidade de Hazard, Chadli e Fellaini contribuíram para a vitória. Durante todo o primeiro tempo, os belgas jogaram como se tivessem certeza de que o gol sairia naturalmente. Não saiu. Enquanto isso, o Japão, mais ligado no jogo, surpreendeu e, por pouco, não avançou na Copa. A Bélgica enfrentará o Brasil na próxima sexta-feira (6), às 15h.

O jogo

O Japão começou o jogo com mais presença no ataque e foi melhor nos primeiros 15 minutos de jogo. Pressionava a Bélgica no campo de ataque, tinha mais a bola, mas não ameaçava o gol de Courtois. No começo do jogo, a Bélgica fechou-se na defesa e esperou os espaços para atacar. E os espaços apareceram. Depois do início dominante do Japão, os belgas começaram a pressionar.

A defesa japonesa passou sufoco dos 23 aos 28 minutos. Em vários momentos, afastava como podia os lances de perigo e parecia que a Bélgica abriria o placar a qualquer momento. O Japão resistiu a essa pressão inicial.

O jogo era bom. A Bélgica passou a dominar a partida, mas não finalizava com perigo. O sistema defensivo japonês resistia na base da correria e conseguia fechar a porta para os chutes de Hazard e as infiltrações de Lukaku. E, de quebra, o Japão subia vez ou outra para o ataque.

Aos 43 minutos, o Japão quase marca o gol, graças a uma falha do goleiro belga. Nagatomo cruzou rasteiro para Osako que, impedido, desviou a trajetória da bola com um leve toque. Courtois, considerado um dos grandes goleiros do torneio, tentou agarrar a bola, mas ela passou debaixo de suas pernas. A bola só não cruzou a linha porque ele se recuperou e fez a defesa.

Cinco gols no segundo tempo

No segundo tempo, a Bélgica tentou retomar, mas sofreu dois gols-relâmpago. Aos 3 minutos, Inui interceptou o passe e levou o time ao ataque com um toque rápido de bola. Haraguchi recebeu na velocidade e, com um erro do zagueiro, que furou, ao tentar afastar a bola, saiu na frente de Courtois. Inui tocou a bola no canto, tirando do alcance do goleirom fez Japão 1 a 0.

Aos 7 minutos, o Japão contra-atacou e a defesa belga não se fechou a tempo. Inui teve tempo para dominar e armar o chute e acertar um chute no canto de Courtois: Japão 2 a 0.

O Japão manteve-se ofensivo e, aos 19 minutos, quase marcou novamente. Aproveitando a lentidão da defesa belga, Sakai recebeu na linha de fundo, nas costas de Carrasco, e cruzou. Courtois cortou e Osako quase marca no rebote.

Aos 24 minutos, a Bélgica diminuiu. Em uma jogada estranha, o zagueiro Vertonghen pegou rebote no lado esquerdo da grande área e, de cabeça, jogou para o meio da pequena área. O goleiro Kawashima só percebeu que a bola ia em direção ao gol quando era tarde demais. A Bélgica diminuía e ganhava fôlego na partida. Aos 28 minutos, veio o empate: Hazard cruzou na área e Fellaini, mais alto que os zagueiros, marcou de cabeça.

O jogo continuou aberto. A Bélgica tinha mais a posse de bola, mas o Japão era perigoso nos contra-ataques.

A Bélgica garantiu a classificação no último lance, quando faltavam 30 segundos para terminar o jogo: a seleção japonesa foi toda para o ataque para uma cobrança de escanteio. Porém, Courtois interceptou o cruzamento e ligou o ataque rapidamente. A jogada pegou a defesa japonesa completamente desarrumada. Chadli recebeu sozinho dentro da área e marcou o gol que levou a equipe europeia para as quartas de final.

Com o apito final, os japoneses, que chegaram perto da classificação em boa parte do segundo tempo, “desabaram” no gramado, incrédulos.