BH: Cadeirante fica ‘preso’ por quatro horas dentro de ônibus após elevador estragar
O cadeirante não pôde ser retirado pelos braços, pois possui um quadro de deficiência complexo e seu corpo é frágil
Um homem de 43 anos ficou pelo menos por quatro horas dentro de um ônibus, em Belo Horizonte, após o elevador do veículo não funcionar em seu desembarque. Vagner Dias de Souza estava na linha 814 (Estação São Gabriel/Jardim Vitória), que ficou parada no bairro Jardim Vitória, região Nordeste.
De acordo com informações da Itatiaia, o cadeirante não pôde ser retirado pelos braços, pois possui um quadro de deficiência complexo e seu corpo é frágil. Outro fator que dificultou a situação foi o peso de sua cadeira de rodas. Ainda segundo a Itatiaia, passageiros relataram que nesta semana a mesma linha teria passado pela mesma situação.
A Prefeitura de Belo Horizonte lementou ”profundamente o incidente”. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte se manifestou através de uma nota. Confira na íntegra:
“O SetraBH lamenta o incidente com os clientes da linha 814 e informa que o veículo sofreu uma pane na plataforma elevatória depois do embarque do passageiro PNE. Sendo assim, precisou ser trocado por um carro reserva. Os passageiros foram conduzidos ao outro veículo para seguirem viagem em segurança.
Durante a transferência, foi oferecido ao passageiro PNE o seu desembarque de forma “auxiliada”, já que o elevador do ônibus havia travado. Entretanto, o passageiro PCc (“pessoa com deficiência”) se recusou ao desembarque com a ajuda de funcionários da empresa e disse que só sairia do veículo após a chegada da imprensa para o registro da ocorrência.
Mecânicos e técnicos da empresa foram encaminhados ao local para consertar o equipamento, mas foram impedidos pelo acompanhante do passageiro PcD que se sentou na plataforma elevatória. Depois de muito diálogo, o equipamento foi consertado e o passageiro PcD foi conduzido em segurança para fora do veículo. A empresa ofereceu o transporte do cliente até a sua residência, mas ele negou o auxílio”.