Bispo Dom Marco Aurélio, fala sobre luto pela morte do Papa Francisco e expectativas para o Conclave
Em sinal de luto e homenagem, Dom Marco Aurélio orientou as paróquias da diocese a realizarem sete dias de missas em sufrágio do pontífice falecido

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (22), no Santuário São Geraldo Majela, em Itabira, o bispo da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, comentou sobre o falecimento do Papa Francisco, ocorrido na última segunda-feira (21), e as expectativas para o Conclave que definirá o novo líder religioso. O bispo também destacou os 12 anos de pontificado de Francisco e sua importância para a Igreja Católica.
Segundo Dom Marco Aurélio, o Papa sempre inspirou os fiéis a manterem a fé e a esperança, mesmo diante das adversidades. Ele também relembrou os encontros pessoais que teve com o Papa, destacando três ocasiões marcantes, entre elas uma audiência em 2013 com bispos do mundo inteiro e uma visita mais recente, em 2022, no Vaticano. “Foi uma experiência única. Ele nos acolheu como irmãos e abriu espaço para uma escuta sincera. Sua simplicidade e humanidade ficarão marcadas na história”, relatou.
Em sinal de luto e homenagem, Dom Marco Aurélio orientou as paróquias da diocese a realizarem sete dias de missas em sufrágio do pontífice falecido. “Peço que todos se unam em oração. Este é um momento para nos fortalecermos na fé e confiarmos na vontade de Deus.”
Conclave
Sobre o processo do Conclave, ele explicou que a escolha do novo Papa segue uma tradição espiritual e de discernimento. Atualmente, cerca de 120 cardeais têm direito a voto, e mais de 80% deles foram escolhidos por Francisco. “Os cardeais se reúnem para refletir sobre as necessidades da Igreja e, a partir disso, discernem qual perfil o novo Papa deve ter”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de um Papa brasileiro, Dom Marco não descartou a ideia. “Todos os cardeais têm chance. Mas, acima de tudo, é preciso que seja um homem sábio, santo e corajoso para conduzir a Igreja com firmeza, humildade e sabedoria.”
O bispo reforçou ainda que o Conclave é, antes de tudo, um retiro espiritual. “É um tempo de oração, silêncio e discernimento. O mundo espera um novo Papa que continue guiando o povo com fé e justiça.”