Bolsonaro vai pedir autorização ao STF para visitar Israel
Alvo da operação Tempus Veritatis, por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-chefe do executivo teve seu passaporte apreendido em 8 de janeiro
Convidado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a visitar Israel, o ex- presidente Jair Bolsonaro vai pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), permissão para essa viagem.
Num evento do PL Mulher, em Salvador, nesta sexta-feira (8), com a presença da ex-primeira-dama Michelle, Bolsonaro disse que recebeu um convite por carta de Netanyahu para visitar “a região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia, do terrorismo praticado pelo Hamas, em Israel”.
Alvo da operação Tempus Veritatis, por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-chefe do executivo teve seu passaporte apreendido em 8 de janeiro.
Em requerimento enviado a Moraes, no dia 14 de fevereiro, a defesa de Bolsonaro solicitou que a proibição fosse substituída por medidas mais brandas, com o argumento de que não há “risco de fuga”.
Bolsonaro pretende visitar as famílias dos reféns, os locais dos ataques do Hamas em 7 de outubro e os canais construídos pelo grupo terrorista.
O ataque do Hamas a Israel desencadeou uma resposta firme do primeiro- ministro Netanyahu, atacando por terra a Faixa de Gaza, dominada pelos terroristas.
A solicitação de um dos advogados de defesa do ex-presidente, Fábio Wajngarten, disse que a petição ao ministro Alexandre de Moraes terá a data de ida e volta e a programação do ex-presidente no país.
A petição ocorre num momento em que o presidente Lula faz duras críticas aos ataques de Israel contra Gaza, adjetivando de genocídio e comparando as ações com o extermínio de judeus perpetrado por Hitler, na Alemanha Nazista, quando milhões de judeus, de forma cruel, perderam a vida.
As falas do presidente brasileiro repercutiram de forma negativa em Israel, Europa e Estados Unidos.