Brasil tem grande potencial para assumir liderança de transição energética global, aponta especialista

Laurence Tubiana é autoridade internacional em mudanças climáticas e esteve na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém

Brasil tem grande potencial para assumir liderança de transição energética global, aponta especialista
Laurence Tubiana – Foto: Inovar Produtora – Reprodução: IBRAM

Laurence Tubiana afirmou que o Brasil possui condições significativas para ser líder de transição energética global. Em sua palestra, na última  Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que ocorreu na quarta-feira (6), ela ainda pontuou que o Brasil poderá suprir as outras nações, com minerais críticos e estratégicos para a expansão de energia limpa.

Laurence é CEO da European Climate Foundation (ECF), e foi representante especial do governo francês para a COP21 no ano de 2015.

 “O Brasil vai ter que ajudar outros países [a concretizar a transição energética], que precisam de um líder nesta matéria”, afirmou.

Em 2025, o Brasil recebe a COP30, cúpula sobre mudanças climáticas das Nações Unidas; Laurence vê esse momento como uma grande oportunidade para o Brasil mostrar seu potencial relacionado a transição energética e as formas para se destacar como líder do movimento.  

“É uma oportunidade econômica excelente para o Brasil, que, por exemplo, tem entre 60% e 70% dos recursos minerais que são utilizados para os carros elétricos (…) e tem vantagens competitivas para desenvolver energia limpa a partir de hidrogênio verde e utilizar biocombustíveis de forma mais ampla do que em outros países. A bioeconomia é um ponto forte do Brasil”, acrescentou. 

A  Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, é organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Tem a parceria do Governo do Pará e é apresentada pela Vale. O evento contou com a participação de diversas classes com necessidades e interesses ligados diretamente ao meio ambiente, como por exemplo, indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos e ambientalistas, além de  jornalistas, empresários, parlamentares, diplomatas e outros representantes do governo.