Brincadeira perigosa! Bolsonaro ironiza Moraes por uso do avião da FAB para assistir jogo do Corinthians
Ao canal AuriVerde Brasil, Bolsonaro disse que “Alexandre de Moraes salvou o Brasil de uma ditadura, deveria viajar em um avião de carreira”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por ter utilizado de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na quinta-feira (27), acompanhado do seu par na Corte, Flávio Dino, para assistir ao jogo do Corinthians contra o Palmeiras, na decisão do Campeonato Paulista de 2025, na Neo Química Arena.
Ao canal AuriVerde Brasil, Bolsonaro disse que “Alexandre de Moraes salvou o Brasil de uma ditadura, deveria viajar em um avião de carreira. Se sou Alexandre de Moraes e salvei o país de uma ditadura, livrei o país de um golpe, fui um herói nacional, deveria viajar em um avião de carreira e ser aplaudido mas é preciso ver que isso não é verdade, a realidade é completamente outra”.
A CNN procurou a assessoria do STF, ainda sem resposta do que possa ter levado o ministro a utilizar a aeronave da FAB. Acredita-se que tenha sido por motivo de segurança.
Na oportunidade, Bolsonaro estendeu críticas aos ministros da Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento do processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo o ex-presidente, eles não têm isenção para julgá-lo.
Indagado sobre a possibilidade de sua prisão, Bolsonaro comparou sua situação aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. “Ninguém quer ser preso, mas quem cometeu um crime e deve ir preso tem um sentimento. Agora, esses inocentes estão presos por quê?”
Embora seja um rito de praxe da Corte, Moraes pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apreciação de uma notícia-crime a respeito de Bolsonaro e sua prisão preventiva. A ação partiu da vereadora Liana Cristina (PT), após o ex-presidente convocar manifestação de apoiadores para um ato em apoio à anistia dos condenados e investigados do 8 de janeiro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, em março.
Para a vereadora, a situação caberia prisão preventiva, a fim de garantir a ordem pública e a instrução processual.
A PGR ainda não se manifestou a respeito.
* Fonte: CNN Brasil