Cabeça d’água: bombeiros de Itabira alertam banhistas sobre os riscos nas cachoeiras
Em 2019, foram registrados 15 ocorrências de afogamento em Itabira e região. Saiba o que fazer para evitar acidentes
Visitar cachoeiras, rios e lagos durante o verão, estação marcada pelas fortes e repentinas chuvas, pode acabar em tragédia. Três pessoas morreram arrastadas por uma cabeça d’água numa cachoeira localizada no Parque Ecológico do Paredão, em Guapé, no sul de Minas, na quarta-feira (1º).
Fenômeno cabeça d’água atinge cachoeira em Guape…sul de Minas. pic.twitter.com/rl6DCWTH7I
— juliusmarcus (@juliusmarcus) January 2, 2020
Itabira e região possuem diversas pontos turísticos com a presença de cachoeiras e, especialmente no verão, cresce o número de visitantes dessas localidades. Uma das mais visitadas é a Cachoeira do Tabuleiro – a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil – localizada em Conceição do Mato Dentro.
O Tenente Marlon Medeiros, do 4º Pelotão de Bombeiros Militar de Itabira, afirma que em 2019 foram registradas 15 ocorrências de afogamento na região onde atua o Pelotão, que cobre 23 municípios.
Medeiros informa ainda que para visitar esses tipos de destinos e não ser surpreendido por uma cabeça d’água, as pessoas devem estar atentas às ocorrências de chuva na região, dias antes e durante a visita. Confira outras recomendações do Corpo de Bombeiros de Itabira:
– Verificar a profundidade do local;
– Optar por localidades sem a presença de muitas pedras;
– Evitar o consumo de bebida alcoólica antes e durante a visita;
– Em caso de início de afogamento, não tentar o socorro. A melhor maneira de ajudar é dar a pessoa um objeto flutuante e, com ele, orienta-la a tentar se deslocar para a margem.
– Se não houver perícia, não realizar qualquer tipo de massagem corporal no corpo da pessoa retirada
– Acionar imediatamente o número 193 e solicitar a presença do Corpo de Bombeiros no local
Cabeça d’água ou tromba d’água
O termo “Cabeça d’água” se refere ao rápido e repentino aumento do nível de água em cachoeiras, rios e lagos, devido a chuvas intensas nas cabeceiras ou em trechos mais altos do percurso da água.
O termo, por vezes, é confundido com “Tromba d’água”. Mas na verdade este fenômeno corresponde a um tornado, que se forma sobre uma superfície líquida, captura umidade e vai se deslocando.